segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Genealogia: ciência auxiliar?

A muito que venho pensando em realizar um texto sobre a matéria genealogia e agora chegou o momento.

Para a grande maioria das pessoas este tema trás lembranças de brasões, títulos nobiliárquicos ou até mesmo que fulano é filho de beltrano para não enveredar em outras falsas deduções, mas se partimos para um simples pensamento, buscando e baseado num raciocínio lógico, de imediato notamos que o tema é muito mais abrangente e complexo do que pensa a grande maioria.

Na verdade, hoje a genealogia é vista como uma ciência auxiliar da História, onde se encontram os níveis de parentescos entre pessoas e a correlação entre elas. Poderíamos até aceitar este tipo de definição a duzentos anos, onde havia interesses em realizar ligações de parentescos com possíveis nobres ou mesmo para fugir da Inquisição, nos casos daqueles que não tinham “sangue limpo”, ou seja, eram descendentes de judeus, mouros, escravos, ou mesmo tendo uma linhagem “limpa”, mas exerciam trabalhos tidos como manuais, não eram “dignos” de ter o sangue limpo. Mas se pararmos para pensar, veremos que já naquele tempo ela era de suma importância, até para definir a sobrevivência de um ser ou mesmo de uma família.

Mas, por qual motivo ou quem determinou que a mesma fosse uma ciência auxiliar? Se de tempos atrás ela já tinha sua importância? E hoje também, pois com o advento e facilidades das mídias, as comunicações ficaram mais fáceis e com isso novas informações que levavam anos para serem descobertas hoje são em dias.

Pessoalmente não vejo desta maneira, muito menos que uma completa a outra, acredito que as duas e outras ciências andem em paralelo, pois vejamos: podemos muito bem vincular a genealogia à geografia, ou não? Quantas famílias não teem suas alcunhas oriundas de posições geográficas?

Acredito que a genealogia, estudada de forma séria sem interferências, como víamos antigamente para que reis ou nobres pudessem obter títulos, traria várias respostas e ajudaria bastante a entender diversos acontecimentos históricos, geográficos, sociológicos, entre outros. Um exemplo muito fácil de compreender é o caso dos sefarditas, que para mim foi puramente político, ou não? Os mesmos, para os critérios adotados pela Igreja na época não tinham sangue limpo, mas havia o interesse ECONÔMICO, então eram “aceitos”, pois possuíam recursos para patrocinar as empreitadas, tomamos como exemplo os portugueses que fizeram isso de maneira ímpar, tendo grande importância na época dos descobrimentos. Os judeus foram assim “aceitos”, pois eram convenientes naquele momento, pois eles detiam o capital. Depois que investiram e já não havia mais o interesse comercial, começaram a ser caçados. Mas retornando ao assunto, qual a ligação da genealogia neste ponto como ciência auxiliar da História? Ela também estava ligada a política, economia e a sociologia.

A colonização portuguesa era quase que na sua totalidade exploratória, com muito pouco interesse em desenvolver as suas colônias, com isso os judeus foram expulsos, pois não existia mas o interesse de sua permanência aqui, pois não eram “limpos”. Foram para América do Norte e fundaram Nova Iorque!

Estudamos e temos como outro exemplo, o Recife na época nassoviana, onde foi considerada a cidade mais próspera e URBANIZADA da América. Urbanizada está vinculada apenas a História?

Mas também temos que reconhecer nossa culpa, pois quando vimos um livro de genealogia identificamos apenas o que já foi relatado no início do texto, apontamentos informando apenas graus de parentescos e as ligações entre famílias e até mesmo dentro da própria família, para que com isso não perdessem a pureza do sangue. Isso gera um desânimo, pois ainda não entendemos a verdadeira posição da genealogia, acreditamos que ela é uma ciência auxiliar.

Temos que ter o discernimento para vislumbrar o verdadeiro sentido dos estudos genealógicos e o que está por trás deles, onde nos livros poderiam ser abordados diversos temas, tornando assim o estudo muito mais completo e interessante de ler.

Como um indivíduo que viveu, por exemplo, no século XVI, não participou de uma vida social? Ele não viveu sozinho, viveu em sociedade, dentro de regras e com isso com um contexto histórico, geográfico, urbanístico, social, entre outros, participando da vida social e fazendo parte de toda conjuntura da época, sendo ele um nobre, um escravo ou qualquer que seja a sua origem.

 A genealogia não deve e não pode omitir ou burlar as verdadeiras origens de um ser, coisa muito comum nos tempos passados, como nos relatos de Evaldo Cabral de Mello, no seu livro “O Nome e o Sangue”, onde um senhor de engenho para esconder sua origem sefardita escamoteou sua árvore genealógica para não perder os prestígios que se valia na época. Esta genealogia é a errada, onde por interesses ele alterou não apenas a sua árvore, mas também sua própria história e da sua família. Pode ser que por estes motivos a definimos como auxiliar.

Dentro dos conteúdos dos livros genealógicos poderia muito bem ser incluída a situação em que o indivíduo vivia dentro da sociedade, os primórdios de uma colonização, de uma urbanização, onde as cidades engatinhavam, as vilas, as províncias, surgiam e começava a formação de um povo, de uma nação.

Qual o motivo dos portugueses ficarem apenas no litoral? Como falava um autor que agora me foge o nome, que dizia em um de seus livros “colonização de caranguejo”, onde o português ficava apenas andando de lado, sem entrar no chamado sertão.

A genealogia num simples ponto pode explicar este fato: porque motivo à colonização não adentrava no sertão e ficava exclusivamente na zona da mata? Pois o clima sertanejo não favorecia. Então quando abordamos que o senhor de engenho possuía um engenho a beira de um rio e situado na zona da mata era por que o clima favorável ajudava na produção do açúcar, além do fato do mesmo pertencer a um conselho ou ter algum cargo público por exemplo, onde as sedes eram situadas nos centros urbanos.
 
Então vejamos um livro de genealogia tradicional:

O senhor de engenho Fulano de tal, casado com D. Sicrana possuindo deste enlace três filhos que segue:

1.       Fulano Filho (c.g);

2.       Beltrano;

3.       Sicrano

 

Ou um novo contexto meio que romanceado:

O Sr. Fulano, proprietário do engenho Puxi de Baixo, localizado em Cruz do Espírito Santo/PB, na várzea do rio Paraíba, casado com D. Sicrana, tendo geração que segue:

1.       Fulano Filho (c.g);

2.       Beltrano;

3.       Sicrano

O Sr. Fulano exerceu diversos cargos entre eles o de capitão-mor na província de Areia, tendo se estabelecido ainda em outros engenhos da região. O mesmo participou da assembleia que jurou lealdade ao rei e ser contra a república, como segue abaixo o fax-símile.

O Sr. Fulano, deixou um testamento que hoje se encontra no Instituto Arqueológico da Paraíba.

Seus descendentes se ligaram a famílias da região, onde aumentou substancialmente as posses da família. Um dos filhos foi para o Recife, onde se tornou bacharel em Direito e seguiu a carreira diplomática exercendo cargos em Londres, Paris e por fim na América do Norte.

 

Não sou crítico literário, nem tão pouco dono da razão, mas acredito que a genealogia seria muito mais disseminada com textos que estivessem a alcance de todos, ou seja, não fossem cansativos, pois hoje os livros publicados interessam quase que na sua totalidade, aos admiradores ou pesquisadores.

Os livros poderiam ter mapas, indicando a posição geográfica da origem da família, com isso já enveredava para a origem do apelido, podendo também indicar o motivo da fixação da família naquele local, como uma carta de doação, documentos históricos.

Assim não teríamos na Genealogia uma fonte secundária ou auxiliar, mas uma fonte de pesquisa séria e acima de tudo completa.

 

ACM

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Minha Mãe

Prefiro viver na ilusão de meus sonhos,

Sonhos estes tão intensos,

Das minhas mais belas recordações,

(mesmo) Em tempo tão ínfimo,

A viver na realidade do amanhecer,

(e) Não há ter em minha vida.
 
ACM

Essencia do Natal


Hoje na passagem do dia 24 para o dia 25 iremos comemorar o nascimento do Cristo Salvador, mas friamente falando, será que é está comemoração que o Cristo quer que façamos?

 
Na sua palavra ele pede que: “amemos aos outros como a nós mesmos” e será que uma festa, muito bonita por sinal, onde só nos confraternizamos com amigos e parentes e excluímos os nossos outros irmãos, estaríamos refletindo a real mensagem deixada pelo Salvador?

Acredito que devamos nos confraternizar com amigos e parentes, mas não em apenas um só dia, mas durante todo ANO e que possamos incluir neste nicho de amizades aqueles mais necessitados. Pode parecer hipocrisia, mas aqueles que realmente me conhecem sabe que não é!

 
Nossos amigos devem ser estendidos e vivenciados a todos quanto possíveis forem e que possamos no ano de 2013 aumentarmos nossa círculo de amizades, não no facebook ou em outra Redes Sociais, mas naqueles amigos que realmente necessitam de nós e assim quando chegar no dia da celebração do nascimento do Cristo estaremos com o coração muito mais repleto de motivos para comemorações e certamente Ele estará mas feliz.

 
Um Feliz Natal para todos!!!!

 
Alfredo e família.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEREZA CRISTINA CABRAL DE MELLO

É COM MUITO SOFRIMENTO E DOR QUE COMUNICO A TODOS, AMIGOS E PARENTES, O FALECIMENTO DE MINHA AMADA MÃE, TEREZA CRISTINA CABRAL DE MELO, NO ÚLTIMO DIA 22 DE SETEMBRO DE 2012, SÁBADO.

SENDO SEPULTADA, ONTEM DIA 23 DE SETEMBRO DE 2012.

QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE E SABEDORIA A RECEBA E ILUMINE SEU ESPÍRITO.

ALFREDO