sábado, 30 de outubro de 2010

ATA DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA DA OITAVA LEGISLATURA

Apresento abaixo o requerimento de número 2057, para um voto de pesar proferido na ATA da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, acerca do falecimento do meu bisavô Luiz Antônio Cabral de Mello em sua página 57.

Recife (PE), 05 de Agosto de 1977.




ACM

sábado, 23 de outubro de 2010

SESMARIA DE JOÃO DE MELLO AZEDO

Segue abaixo a planta da sesmaria solicitada por João de Mello Azedo em Riacho Verde - Agosto de 1822.

Imagem esta digitalizada do livro: " A SESMARIA DA SERRA VERDE" de Adauto Ramos, amigo da Paraíba.


ACM

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

FRANCISCO ANTÔNIO CABRAL DE MELLO AZEDO - III

Os filhos

Segue o segundo dos filhos

Francisco de Assis Cabral de Mello

Como era o natural da época, o mesmo também nasceu no engenho do Velho Mello Azedo no ano de 1851, o dia exato ainda é ponto de discussão.

Aos 17 anos foi para Portugal estudar medicina na Escola Central de Lisboa, aonde em 1873 no quinto ano de estudo o mesmo venho a falecer.

Grande perda para seu pai por ter sido o primeiro filho homem da prole.

Por ter falecido muito cedo muito pouco temos a informar.



ACM

sábado, 9 de outubro de 2010

CONVITE

É com muita satisfação e alegria que posto em meu blog o convite do trabalho concluído do grande amigo, Dr. Berilo Borba, de João Pessoa.

Parabéns!

ACM

domingo, 29 de agosto de 2010

FRANCISCO ANTÔNIO CABRAL DE MELLO AZEDO - II

Os filhos

Dentro do que planejamos externar acerca da família Cabral de Mello de Pernambuco, começaremos uma nova etapa que é partindo do “Seu Melo de Tabocas” e ir descendo entre as suas gerações.
 

Iniciando este trabalho começamos com sua primeira filha:
 

Cândida Cabral de Mello

 
Nascida no engenho do seu pai em 12 de outubro de 1850 falece em 21 de junho de 1924 no Recife.

 
Até então pouco se sabe sobre “Tia Cândida”, mas aqui a expomos para que novas informações possam surgir e que este trabalho possa ir crescendo, principalmente com a ajuda dos familiares.

 
Pois independente da quantidade de informações e com o tempo certamente elas aumentarão, fica a homenagem e o resgate das pessoas que de alguma maneira fizeram parte de nossas vidas.


 
ACM

sábado, 21 de agosto de 2010

CAP. FRANCISCO ANTÔNIO CABRAL DE MELLO AZEDO




Continuando com as informações acerca da família Cabral de Mello com origem em Pernambuco, chegamos a Francisco Antônio Cabral de Mello Azedo, uma pessoa ímpar pelo seu modo de agir, sendo em certos casos até pitoresco, como bem tratou o grande Mauro Motta, seu bisneto, em diversas colunas redigidas no Diário de Pernambuco.


Como dito no texto do blog anterior, até o momento não encontramos outros filhos de João de Mello Azedo que possuísse o sobrenome Cabral de Mello, faltam identificar 11, mas realmente parece que apenas ele teve está combinação no sobrenome.


Nascido em Serra Verde/Paraíba, a 1º de janeiro 1824, falecendo no Recife, a 15/08/1899, estando sepultado na Matriz da Boa Vista (Recife/PE). Tendo este nome em homenagem a seu tio materno Francisco Antônio Cabral de Vasconcelos.


Senhor do engenho Tabocas (Seu Mello de Tabocas, como João Cabral o chamava e fez um verso que segue abaixo), entre outros, na Paraíba e em Pernambuco.


Seu Melo, do Engenho Tabocas


1.

Houve um Paudalho que já foi

E não se vê no que sobrou:

Então sobradões de azulejo

(ainda hoje ao sol) foram o sol


de muito engenho que em sua órbita

moía-se a todo o vapor

mandando mascavado e histórias

de engenho do sabido teor,


em que só um lado da história

como que consegue ter cor:

história sem cheiro ou mau cheiro,


por exemplo, os do suor.





2.


Histórias de engenho: de crimes


Que não o que a safra atrás;


A briga inigual com as usinas


(nesse então, Engenhos centrais);




histórias de engenho: de crimes


de escravo (unânime é o acordo);


de brigas de senhor de engenho.


de brigas entre irmãos, genro e sogro;




a de um cangaceiro acoitado


sob o fraque do promotor;


de leilões de escravos, do padre


que o filho menino leiloou.





3.


Histórias de engenho: as do próprio


Cabral de Melo das Tabocas:


mais conhecida, a do francês


que foi mascatear à sua porta.




Gabou-se de filha mais velha


que falava francês. Chamou-a:


e enquanto ela fala ao francês,


no francês de colégio ou prova,




da cara dela, fixamente,


nenhum momento ele descola:


matava o galego a pau, disse,


se do que dissesse ela cora.






4.


Paudalho então: o Tapacurá,


sua várzea, Poço, Cruz, Tabocas,


Engenho Velho e Engenho Novo,


e Tiúma, de ingleses, já polva;




por onde Seu Melo e sua boca,


melhor, Seu Melo e suas desbocas,


não se ousava mandar calar,


por alto que dissesse as coisas;




Paudalho, onde ele falava alto,


do alto do vozeirão, das botas


da boca Melo Azedo, mortal,


mais que as circunstantes pistolas.





Algumas curiosidades relatadas por seus descendentes, como o dito por sua bisneta Maria de Lourdes Cabral de Mello Fernandes:






  • Certa feita estava ele vindo do seu engenho em S. Lourenço da Mata ao Recife e no meio do caminho soube que tinha sido proclamada a República, voltou num galope só para o engenho e quando lá chegou o cavalo exaurido morreu;

  • Outra história curiosa dele é quando estava nervoso, dizia que iria embora por causa de seus problemas e uma velha empregada da Casa Grande sempre dizia: ”Aonde o cachorro vai que não leva suas pulgas...”.

Casou a 28/05/1849 com D. Ângela Felícia Lins de Albuquerque, nascida na Paraíba, a 1o de outubro de 1829, falecendo no Recife a 02/04/1922, filha do Major Diogo Soares de Albuquerque e da sua esposa D. Cândida Esméria Lins de Albuquerque.






Relação dos filhos de “Seu Mello de Tabocas”:






1. Cândida Cabral de Mello (*12/10/1850 – †21/06/1924);



2. Francisco de Assis Cabral de Mello (*1851 – †1873);



3. Thereza Cabral de Mello (*17/16/1853 – †02/12/1931);




4. João Cabral de Mello (*1854 – †1854), fato não conhecido, antes de João Cabral, teria tido outro que deve ter falecido ao nascer;




5. Dr. João Cabral De Mello (*no Recife, a 22/05/1856 – †15/06/1912);



6. Maria da Conceição Cabral de Mello (*20/11/1857 – †08/08/1923);



7. Dr. Manoel Cabral de Mello (*06/04/1859);




8. Júlia Cabral de Mello (*1860 – †1876);




9. Ângela Cabral de Mello (*20/01/1862 – † em decorrência do parto, em 1892);




10. Isabel Cabral de Mello Burity (tia Bela) (*02/02/1863 – †1956);




11. Anna Cabral de Mello (†1864);




12. Emília Cabral de Mello (*17/08/1866 – †1942);




13. Dr. Diogo Soares Cabral de Mello (*no Engenho Tabocas, Nossa Senhora da Luz, PE, a 23/12/1867 – † no Rio de Janeiro, a 30/10/1917);




14. Maria de Jesus Cabral de Mello (*15/05/1869 – † 18/04/1919);




15. Francisca Emília Cabral de Mello (*04/10/1870 – †1957).



Este é o Seu Mello de Tabocas...

 


ACM

domingo, 8 de agosto de 2010

JOÃO DE MELLO AZEDO

Nascido em Nossa Senhora da Estrela da Ribeira Grande (hoje Matriz), na Ilha de São Miguel – Açores/Portugal a 07/10/1776 e falecido em 09/09/1850, estando sepultado nas ruínas da Capela de São Filipe do seu engenho Puxi de Baixo, localizado na várzea do Rio Paraíba, mais precisamente no município de Cruz do Espírito Santo/PB.


                                          Capela São Filipe


Fazendo um parêntese e falando um pouco dos Mello Azedo, trata-se de uma família oriunda dos Dias Azedo chegando ao arquipélago dos Açores (mais precisamente na Freguesia da Ribeira Grande, hoje Matriz, situada na costa norte da Ilha de São Miguel, a maior e mais populosa das nove ilhas que compõe o arquipélago) nos primórdios de sua colonização em meados do século XV, atraídos pela sua fertilidade e pela abundância de águas.


Poucos sabemos dos Dias Azedos, mas aos poucos eles já tomam parte na vida sócio-cultural como proprietários de moinhos de água, descendentes de moleiros, e sendo umas das poucas famílias que conseguem enriquecer com está atividade. Chegando a possuir diversos moinhos. A comprovação deste relato é confirmada, pois já na segunda e terceiras gerações eles se casam com família notadamente de posses, como Travassos Velho Cabral (oriunda dos Senhores de Belmonte, através de D. Violante Cabral c.c Luís da Cunha), Cabeceiras, Columbreiros, entre outras, afirmar por enquanto qualquer notícia anterior a está seria mera especulação, pois eles não possuíam bens na sua chegada a Ribeira Grande o que dificulta bastante a identificação, visto que eles só vieram a constar nos arquivos distritais e cartoriais duas ou três gerações depois de sua chegada, quando eles fizeram enlaces com famílias tradicionais.


Seu pai, PEDRO DE MELO, que casou em primeiras núpcias no Brasil, na cidade de São João Del Rei, na província das Minas Gerais, com Ana Machado da Encarnação (natural da própria cidade e filha de Antônio Machado de Aguiar com Catarina da Encarnação), depois retorna para sua cidade natal N.S. da Estrela da Ribeira Grande em 1762. Em 17 de março de 1766, casa-se em segundas núpcias (livro 9º fl.216-v) com CATARINA INÁCIA DA SILVEIRA (natural da mesma freguesia e filha de Manoel José Raposo e de Florência Teresa do Sacramento).


Deste enlace nasce JOÃO DE MELLO AZEDO, em 07 de outubro de 1776, na mesma freguesia e batizado em 28 de outubro de 1776 (livro 28º fl. 234-v) pelo Padre Nicolau Dias Azedo e como padrinho o Padre Manoel de Mello.


Aos 18 anos ele veio para o Brasil em circunstâncias não muito conhecidas, é tradição que veio como clandestino num veleiro, chegando ao porto do Recife em setembro de 1794. Quando aportou no Recife não demorou muito, visto que o Almirante da embarcação que veio o reconheceu e com medo de ser encontrado pela família e ter que retornar aos Açores acabou indo desbravar o interior do estado de Pernambuco, chegando até a cidade de São Lourenço da Mata (zona da mata norte do estado de PE), onde fez seu primeiro assentamento. No início de muita dificuldade teve que apelar para o comércio ambulante (mascate), no interior da província, fazendo viagens até Tracunhaém, para onde se mudou pouco tempo depois, construindo um pequeno sobrado de pedra para sua residência e depósito das suas mercadorias.


Continuando o mesmo ramo de negócio, passou a viajar até o estado vizinho a Paraíba, chegando até a cidade de Mogeiro, então distrito de Pilar (está região fronteiriça entre os estados de Pernambuco e Paraíba, tem uma particularidade, pois na sua grande maioria, metade das cidades fica num e outra noutro estado).


Em Mogeiro ele fez amizade com um grande proprietário de terras o senhor Alberto Cabral de Vasconcelos que era casado com D. Anna Cavalcanti, filho de Manuel de Jesus Cabral de Vasconcellos, com quem firmou fortes laços chegando após algum tempo a casar com a filha do fazendeiro a senhorita Tereza de Jesus Cabral de Vasconcelos em setembro de 1802 ou 1803.


É contado pelos descendentes um fato pitoresco: antes de deixar a vida de mascate teve problemas com seu sócio que desperdiçara os miúdos da galinha, fato este absurdo para ele.


Deixando a vida de mascate passou a se dedicar a agricultura e instalou-se no sítio Boa Vista. Muito esforçado e econômico, tornou-se um dos grandes produtores de algodão do estado de Paraíba. Começou então a olhar para o sertão paraibano, fundou o Curimatau, onde hoje se ergue a cidade de Picuí, e tendo ainda, datado de 1807 um pedido de terras no PILAR, MOGEIRO e TAIPU, tendo fazendas de criação de gado (Cabeça de Boi, Cotovelo, Mandacaru, Maniçoba, Olho D’ Água, Riachão e Suçuaraba, estas já em terras do seridó no estado do Rio Grande do Norte, nas quais colhia em média, 1.000 novilhos por ano).


Assim que seu filho primogênito, João de Melo Azedo Filho, mostrou-se em condições de ajudá-lo, entregou-lhe a administração da Fazenda Boa Vista, na Serra Verde e transferiu-se para a várzea do Paraíba, onde adquiriu os engenhos de açúcar: Puxi de baixo, a sede ficava na freguesia de Santa Rita aos arredores da capital, hoje João Pessoa, Puxi de Cima, Gameleira, Santo Antônio, Pau Amarelo e Tabocas, que cedeu mais tarde para o seu grande amigo Dr. Joaquim Fernandes de Carvalho. Os engenhos de açúcar ficavam na região que vai de João Pessoa ao Pilar.


Teve grande projeção social tendo sido Capitão da Vila do Pilar durante muitos anos, sendo afastados por algumas vezes por circunstâncias políticas, como em agosto de 1822. Pela revolução de 1817, viu-se forçado a fornecer mantimentos aos revolucionários. Foi Comandante da polícia da província da Paraíba, em cujo cargo e achava quando agraciado com o hábito da Ordem de Cristo (cavaleiro), por decreto de 02 de dezembro de 1828, data do terceiro aniversário de D. Pedro II. Foi provedor, pelos menos uma vez, da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba, tendo assumido este cargo no ano de 1830, como consta na página 111 – Vol. I do livro “Datas e Notas para História da Paraíba” – de Irineu Ferreira Pinto.


Em 13 de maio de 1817 O Capitão João de Melo Azedo, conjuntamente com o seu genro ALEXANDRE DA COSTA CUNHA LIMA, assinam a ATA DE FIDELIDADE ao Rei D. JOÃO VI, como consta no livro acima citado de Irineu Pinto.


Existe uma grande lacuna no que concerne a sua relação de filhos, vários autores afirmam que o mesmo teve 22 filhos, mas só há registro de 11, como no livro “Os Mello Azedo da Paraíba” de Adauto Ramos e mesmo em manuscritos legados ao Instituto Arqueológico e Histórico de Pernambuco, por Diogo Soares Cabral de Mello.


A tentativa agora é localizar o seu inventário, onde poderíamos ter um documento comprobatório e esclarecedor desta questão.


Podemos afirmar que João deixou uma descendência que povoou a zona da mata paraibana, trazendo grandes nomes para a história recente da Paraíba.


Abaixo segue a relação dos nomes de seus filhos conhecidos, podendo fiquem a vontade para colaborar, não só com novos nomes, mas também com informações sobre estas pessoas:


1. Cel. João de Mello Azêdo Filho;

2. Joaquina de Mello Azêdo;

3. Maria do Patrocínio Cabral de Vasconcellos de Mello Azêdo;

4. Antônia Cabral de Vasconcellos Burity;

5. José de Mello Azêdo;

6. Ana Cabral de Vasconcellos Castro;

7. Cônego Firmino Mello Azêdo;

8. Tereza Umbelina Cabral de Vasconcellos de Mello Azêdo;

9. Joaquim de Mello Azêdo;

10. Félix de Mello Azêdo;

11. Capitão Francisco Antônio Cabral de Mello (Azêdo).



Agora, outro fato curioso concerne que até então dos nomes conhecidos o único que teve o sobrenome Cabral de Mello, foi justamente o patriarca da família Cabral de Mello, Francisco Antônio.


Certamente dentre os outros 11 filhos não localizados deverá ter outro “Cabral de Mello”.


ACM



VIRGÍNIO MARQUES CABRAL DE MELLO

Irei fugir um pouco e ao mesmo tempo não, dos tópicos deste blog.

Hoje, dias dos pais, gostaria de registrar uma homenagem a Virgínio, ou simplesmente meu avô Virgínio.

Falecido em 2002, mas até hoje é (e sempre será) motivo de lembrança pela pessoa que foi.

Não só para mim, mas tenho certeza que para todos os seus netos principalmente Rogério, Virgínio Neto, Heitor e eu.

Aposentado como auditor do Banco do Brasil S/A, casado com Carmélia Moscoso, desde cedo sempre esteve presente na vida de seus filhos: Rosa, Carmen, Tereza, Oscar, Virgínio Filho e Ângela, mas sem medo de errar, foi para seus netos que ele deixou seu legado de homem íntegro, correto, amigo, às vezes seco, mas acima de tudo homem na concepção da palavra.

Não poderia deixar passar em branco uma data tão especial e de tanta saudade pela sua ausência.

Virgínio, nome herdado de seu avô materno, seguindo as tradições dos Virgínios dos Carneiro Leão, mas para mim, simplesmente Virgínio.

Uma pessoa que só me trás lembranças boas e acima de tudo orientações.

Uma pessoa que na minha época de Colégio quando chegava nesta data não sabia se dava a lembrança a meu pai biológico ou a ele.

Não tenho muito que dizer, pois as palavras são poucas diante das emoções que surgem nas lembranças desta querida pessoa.

Neste momento queria apenas lembrar a pessoa que ele foi, é e sempre será para mim e dizer com todo amor do mundo:

“Muito obrigado por tudo meu querido avô” e onde estiver saiba que o amamos e que Deus na sua infinita bondade e sabedoria, possa lhe iluminar e nos dar força de suportar sua ausência física.

Muito obrigado Virgínio!

ACM

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dr. LUIZ ANTÔNIO CABRAL DE MELLO


Nascido no Engenho Poço do Aleixo no município de São Lourenço da Mata a 09/12/1894, falecendo em 03/08/1977 na cidade do Recife/PE.

Casou-se a 26/12/1917 com D. Carmem Carneiro Leão, filha do Bacharel Virgínio Marques Carneiro Leão e da sua esposa D. Maria Olindina.

Luiz Antônio fez seus estudos no Ginásio Pernambucano em 1912 e na Faculdade de Direito do Recife onde se formou em 1917.

Luiz Antônio exerceu diversos cargos públicos, entre eles:

• Promotor Público do município do Cabo de São Agostinho/PE;

• Secretário da Repartição Central da Polícia;

• Chefe de Polícia;

• Delegado de Polícia da Capital;

• Diretor da Secretaria da Associação Comercial de Pernambuco;

• Delegado do serviço de Controle dos Filmes Nacionais;

• Membro do Conselho Administrativo do Estado de Pernambuco;

• Secretário de Saúde e da Educação do Estado de Pernambuco;

• Consultor Jurídico do Estado;

• Membro do Conselho de Contribuintes do Estado e

• Exercendo seu último cargo como Oficial Privativo de Protestos de Títulos da Comarca do Recife.


Publicou na imprensa do Recife artigos de colaboração sobre assuntos econômicos e sociais.

Possui os títulos de Bacharel em Ciências e Letras, pelo antigo Ginásio Pernambucano (situado na Rua da Aurora na cidade do Recife/PE) e de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife.

Era membro da Associação de Imprensa de Pernambuco e Sócio Fundador da Associação Nordestina de Criadores, possuindo diversas propriedades.

E sendo homenageado, dando seu nome a uma Escola Estadual situada na Rua 27 s/n bairro de Maranguape II, município de Paulista/PE e também a uma Rua Luiz Cabral de Mello, situada no bairro da Jaqueira - Recife/PE.

“Ver o poema “Menino de três engenhos”, no livro Poemas Pernambucanos”, onde João Cabral faz uma sutil menção a Luiz Cabral, seu pai, quando na revolução de trinta perdeu todo seu patrimônio e como dizia João, foi "politicar".


ACM

REALIDADE

Vimos constantemente formações de núcleos de pesquisas sendo criados, ou mesmo lista de discussões na internet. Objetivo? Tentar cada vez mais trazer novas informações, sendo que na maioria das vezes os objetivos são individuais.

Como podemos separar genealogia, história, antropologia social, formação urbana, enfim quase todas as ciências sociais?

Na maioria das vezes para entender um acontecimento é necessário entendermos todo o contexto, época, pessoas envolvidas, como por exemplo, na Nobiliarquia Pernambucana, que hoje não tenho qualquer dúvida que foi tendenciosa.

Passamos por um momento único onde temos o aparato da tecnologia para atingir objetivos nunca antes imaginados.

Um pesquisador do século XIX, só conseguiria informações e na grande maioria fadada ao erro, em visitas de campo ou mesmo através de cartas que levavam dias para chegar.

Sou totalmente a favor da pesquisa em campo, é algo extremamente prazeroso e nos faz ver a realidade in loco, sem qualquer opinião ou interferências de terceiros.

Mas é necessária a união e formação de grupos que juntos possam buscar um objetivo único, que neste caso é a preservação e perpetuação da história, principalmente em nossa região.

Temos exemplos similares no Sul do país onde os mesmos teem logrado êxito e por que aqui no nordeste se quer conseguimos traçar um plano de projeto?

Será que nossos interesses individuais sempre prevalecerão?

Por que uma região, com estados tão ligados, não consegue traçar um projeto a médio e longo prazo no campo da História e Genealogia?

Vivemos de nomes isolados como José Antônio Gonçalves de Melo, Evaldo Cabral de Mello, Gilberto Freyre, Pereira da Costa, Mário Melo. Agora imaginem eles com as condições que temos hoje! Teriam ido muito, mas muito além de qualquer expectativa.

Eles apenas tiveram a perseverança e a obstinação de quererem fazer algo, deixarem um legado e nós só conseguimos olhar para nós mesmos.

Como postei o texto anterior e ninguém se pronunciou, sequer para tentar realizar algum trabalho juntos, olhemos para nós e fitemos, ínfimos os nossos mundos e criemos uma redoma onde giramos, giramos e acabamos no mesmo local.

Talvez um dia apareça mais um iluminado e consiga trilhar novos trabalhos e vença paradigmas.

Quanto a mim, só resta tentar, isoladamente preservar o que concerne a minha família!

ACM

sábado, 31 de julho de 2010

Um sonho!

Há algum tempo, tentei sem sucesso imaginar (sonhar) um projeto mais amplo onde pudéssemos realizar um trabalho sério e buscar a preservação de todo acervo documental existente em nossa região.


Infelizmente até a presente data não conseguimos realizar um esboço deste possível projeto.

Tivemos impulso e força de vários amigos, mas os afazeres pessoais às vezes nos tira de foco e tudo que planejamos nem se quer chegou ao papel, é frustrante, muito frustrante.

Tentarei me reorganizar e postar no blog, em mais uma tentativa de lograr êxito, pois este tema é imprescindível para toda a região, como falei em outro texto não sou o dono da verdade, mas não podemos deixar a história passar em nossas mãos, com tantas pessoas boas e engajadas na tentativa de realizar um projeto bem maior, que não é de ninguém e ao mesmo tempo é de todos.

Temos Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e quantas informações a descobrir? E o pior (ou melhor) com pessoas em todos estes estados, podendo assim unificar informações.

Espero que possamos (os amigos) juntar nossos trabalhos e realizar um projeto comum com planejamento, podendo assim disponibilizar a todos as informações.

Hoje o Instituto Histórico de Pernambuco já realiza um trabalho sério de recuperação e catalogação de todo o seu acervo. E os outros estados?

Sei que pode ser utopia tentar agregar pessoas com pensamentos diferentes e residindo em locais distintos, mas ao mesmo tempo isso é muito importante, pois para onde olharmos encontraremos pessoas dispostas a ajudar.

Então "jogo" isso no blog para tentar angariar pessoas dispostas a realizar um grande trabalho.

Participem!

ACM

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Fonte de pesquisas na Paraíba

Prezados,

Segue abaixo algumas indicações da amiga Sonia Ulrich, onde a mesma fornece algumas fontes de pesquisa concernentes ao estado da Paraíba.

Segue:

Bibliografia:



  • CARVALHO, J. L. Estruturação do território da Várzea do Rio Paraíba do Norte, 1585-1799.Belé m, UFPA, 2007

  • ___________ __ O universo açucareiro do rio Paraíba na cartografia de Georg Marcgraf. Cajazeira, UFCG/ANPUH-PB, 2006

  • ____________ __. Pré-inventário dos engenhos da várzea do rio Paraíba. João Pessoa, UFPB, 2005.

  • GONCALVES, R.C. Guerras e açúcares - Política e economia na Capitania da Parayba (1585-1630) São Paulo, USP, 2003.
         (Tese de Doutorado em História Econômica)


  • REGO, J. L. Engenho da Paraíba. recorte de jornal encontrado na casa grande do Engenho Oiteiro.
         (Município de São Miguel do Taipu, Paraíba)


  • CAPITANIA DA PARAIBA - Fontes documentais - AHU - Arquivo Historico Ultramarino

  • AHU_ACL_CU_014, Cx.5, D. 363 [anterior a 1719, janeiro, 20, Paraiba]

  • AHU_ACL_CU_014, Cx.5, D. 379 [anterior a 1721, julho, 10, Paraíba]

  • AHU_ACL_CU_014, Cx.34, D. 2473 [1799, janeiro, 9, Paraíba]
ACM

sábado, 20 de março de 2010

No caminho havia um buraco...

Só para mostrar a realidade de nossa cidade que ao invés de acabarem com os bens públicos e históricos, cuidem da cidade e evitem que acidentes como esse voltem a ocorrer.

É uma pena, mas retrata o que informei no texto anterior, o descaso das autoridades com o cuidado da cidade.

Realmente estás pessoas que estão a frente de nossa cidade deveriam ir à Tamarineira e ficar por lá!

ACM


Fonte: Folha de Pernambuco de 20.03.2010.


8 FERIDOS
ROBSON ANDRÉ

No meio do caminho havia um buraco. Foi esse detalhe que praticamente ocasionou um grave acidente ontem à noite. Uma obra não concluída e sem sinalização adequada num trecho do Cais José Estelita, no Cabangá, teria provocado uma grave colisão envolvendo uma caminhonete Hilux SW4, de placa KHW-6186, um ônibus da empresa Borborema, de placa KHW-6186, e um Escort, de placa CLE-5340.

No acidente, oito pessoas saíram feridas, cinco delas foram socorridas para hospitais particulares do Recife. Três passageiros do ônibus - funcionários de um uma construtora do Porto de Suape - foram atendidos ainda no local e depois foram liberados. Os demais escoriados precisaram ser hospitalizados, mas nenhum deles corre risco de morrer.

Uma delas foi o condutor da Hilux, o servidor público Manoel Gomes da Silva Quintilino, de 50 anos. Ele ficou bastante machucado e preso às ferragens. Uma das viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) o conduziu até um hospital particular onde ele permanecia até o fechamento desta edição. Os outros feridos foram o motorista do ônibus, Túlio Mendonça Monteiro, 34 anos; e os passageiros André da Silva Bezerra, 36, José dos Santos Arruda, 36; Gilvan Inácio da Silva, 37, Genilson Silvestre, também 37, uma mulher identificada apenas por Jailma, além de Roseclair de Lima Medeiros, 45 anos, passageira do Escort.

Segundo informações de testemunhas, o condutor da Hilux passou pelo buraco que havia na pista, capotou algumas vezes e foi parar na pista contrária do José Estelita. Neste momento, o ônibus da Borborema, que trafegava nesse sentido foi atingido lateralmente pelo veículo. O coletivo subiu à calçada, bateu na mureta e, por pouco, não caiu dentro do rio Capibaribe. A roda dianteira ficou apontada para o manancial e parte da porta da frente caiu dentro d’água.

Os passageiros ficaram perplexos diante da gravidade do acidente. Ele precisaram ser retirados pelas janelas do ônibus com auxílio de homens do Corpo de Bombeiros e enfermeiros do Samu. “Estava no meio do ônibus, quando o carro (Hilux) veio de lá e bateu de lado. Sofri um corte na boca e uma pancada. Foi um susto muito grande”, comentou um dos funcionários de Suape, que terá a identidade preservada.

A assessoria de Imprensa da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) disse que, anteontem, surgiu uma fissura na placa de concreto da via, por isso, foi preciso iniciar um serviço emergencial no trecho do acidente. Ainda de acordo com a Emlurb, a previsão é que o serviço seja concluído neste fim de semana. Quanto ao acidente, a assessoria informou que só vai se pronunciar depois que o Instituto de Criminalística emitir um laudo.



Hospital Ulisses Pernambucano

Não sei até onde vai chegar à especulação financeira, principalmente no que concerne a imobiliária, na sua ânsia de vender e descaracterizar a nossa cidade.


Nos últimos dias vivenciamos uma verdadeira batalha em torno do Hospital Psiquiátrico Dr. Ulisses Pernambucano, mas conhecido como Tamarineira (em virtude de sua localização).

Que pessoa, da década de 70 para trás nunca disse: - Vai parar na Tamarineira!

Este foi o nome popular que o hospital “adotou”.

Nunca, nunca vi em toda minha vida um prédio histórico tombado, deixar de ser, por mais engraçado que possa ser não existe uma palavra para o que está tombado deixar de sê-lo.

Uns podem dizer que sou contra o progresso da cidade! Não, não sou, pelo contrário, mas ao invés de construirmos um shopping ou outra cousa qualquer, por que não nos preocupamos com a qualidade de vida dos recifenses e viabilizamos um planejamento sério no que concerne ao trânsito, que a cada dia que passa se torna caótico? São carros estacionados em calçadas, desrespeitos a sinais e o pior o descaso da CTTU, que visa apenas à multa (financeira) simplesmente como o ato de punição, e a atitude educativa? Campanhas que realmente mostrem aos motoristas a necessidade de respeitar as sinalizações e acima de tudo a nossa cidade que anda um tanto sofrida.

Não quero aqui colocar culpa em ninguém, quero apenas buscar soluções para um futuro melhor, mas novamente o financeiro fala mais alto.

Imagino daqui a alguns anos o marco zero com um resort no local e os arrecifes com cadeiras de sol, entre as esculturas de Brennand!

Recifenses, Pernambucanos, vamos nos unir e tratar a nossa cidade com respeito e exigir das autoridades que façam o mesmo, é o mínimo que eles podem fazer, ou melhor, nada fazer.

E quanto a “Tamarineira”, não sei se alguns sabem que o patrimônio mesmo sendo da Santa Casa, pertence ao Vaticano e dependendo da vulta precisa de sua anuência.

Não podemos ignorar e deixar acabarem com mais um bem de nossa cidade, deveria ser criado um parque e respeitando o prédio principal para exposições, sarais, enfim em prol da cultura.

Sonho!


ACM

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Obtenção do Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo

Segue abaixo o documento onde é concedido o Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo a João de Mello Azedo, gentilmente disponibilizado por Rafael de Paula, descendente dos Cabral de Vasconcellos.


ACM



sábado, 13 de fevereiro de 2010

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano

Com muita satisfação que fui no sábado dia 23.01.2010, ao Instituto e o encontrei com uma intensa movimentação, antes um local onde alguns iam pesquisar e agora um local com vivacidade, própria de que uma instituição desta natureza deva ter.


Nosso amigo e primo Reinaldo, não estava, mas a presença de vários outros impulsionavam, oxigenavam e deixa o ar, antes melancólico, agora vibrante.


O novo presidente, George Cabral, presente e outros sócios como Mota, o Professor Nilzardo, Dr. Paulo Maranhão.


Escrevi no artigo anterior a importância de Instituições mais atuantes e presentes, não se isolando, mas sim participando da vida social na qual está inserida, divulgando e principalmente disponibilizando os trabalhos ali existentes.


Alguns ainda pensam serem “donos” das instituições e conseqüentemente de suas obras, esqueça, isso é público, ali estão o legado de vários anos de dedicação e pesquisa de vários autores, uns renomados, outros anônimos, mas enfim é público e como tal deve estar sempre de portar abertas.


Não sei se estou me expressando bem, mas na verdade alguns se apropriam de obras e as renegam ao esquecimento, não deixando assim que outros tenham acesso.

Poderia enumerar vários exemplos de pessoas, algumas nem autoras eram, mas que se apropriaram de um legado deixado por seus parentes, mas isso iria gerar uma verdadeira querela familiar.


Posso ser questionado sobre o caráter público do Instituto, mas estou falando das obras e da responsabilidade do Instituto na divulgação e promoção do que ali existe.


Acho que se deu início a um novo processo e com ajuda das tecnologias atuais no que concerne à preservação e recuperação de documentos, podemos avançar de tal maneira sem precedentes.


Documentos estão sendo digitalizados e disponibilizados e com isso entramos noutra situação, por que não fazê-lo em todas as outras instituições que se vinculam de maneira direta ou indireta? Como um amigo e primo João Felipe, disse: “Os cartórios também deveriam criar um banco de dados nacional”, exatamente! Existem várias organizações que estão entrelaçadas, sem se quer saber disso.


É um projeto mais amplo, mas irreversível, se não fizerem agora estaremos perdendo uma oportunidade de resgatar, literalmente, nosso passado, não o passado contado, mas o documentado e comprobatório.


Não percamos! E que as autoridades possam se sensibilizar (difícil) e procurar ajudar, abrindo também suas portas à população e disponibilizando órgãos “fechados” ao acesso de todos.


Quem dera...


ACM

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quatro gerações

1. Francisco Antônio Cabral de Mello Azedo




    2. João Cabral de Mello

 



 
        3. Luiz Antônio Cabral de Mello


           

4. Virgínio Marques Cabral de Mello


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Colonização: Holandeses x Nassau x Portugueses

Qual seria a situação do Nordeste brasileiro, mais especificamente de Pernambuco, se não houvesse ocorrido à expulsão (compra) dos holandeses?




Não podemos imaginar o Recife hoje sem a contribuição dos batavos na sua formação. O Recife, chamado pejorativamente de o “povo” era simplesmente um porto, muito mal visto pela nobreza da terra, que tinha Olinda como sede da Capitania. Tudo era emanado de lá.



É inegável a prosperidade oriunda do período Nassoviano e mesmo depois gerando assim diversas brigas entre as duas cidades, ou melhor, entre a cidade e o seu oitão.



Não fosse a contribuição de Nassau, não sei qual seria a situação do Recife hoje.



Vieram cientistas, pintores, engenheiros, entre outros. E Olinda? Ela hoje não passa de uma cidade dormitório e o Recife se tornou o grande centro.



Mas vamos buscar lá trás algumas ponderações:



O Recife cresceu e foi colonizada como cidade graças à visão revolucionária do Príncipe de Orange e que colonização! Então pouco tempo, Nassau promoveu uma verdadeira revolução, no sentido progressista da palavra e sem o mesmo, a presença batava não teria sido muito diferente da dos portugueses, apesar de Pernambuco ter tido muita sorte com os seus comandatários, desde há chegada de Duarte Coelho até a independência do Brasil, pois aqui ocorreram grandes levantes.



A colonização portuguesa, era como dizia um autor que agora não me recordo o nome, “igual a caranguejo”, ou seja, só ficava andando de lado no litoral, e muito poucas vezes procurou desbravar o interior. Não podemos dizer que com os holandeses foi diferente, mas foi fortalecida, com um propósito definido, de fazer ali uma nova cidade, capaz de aceitar as divergências religiosas e conciliar a vaidade da Capital, com o trabalho do porto. Olinda perdeu o bonde da história e os recifenses aproveitaram a situação e os investimentos batavos (judeus) e surgiu fortalecida.



Mas voltemos ao título, será que se Nassau não tivesse dado início ao seu sonho de tornar aqui uma cidade próspera como estaríamos? Será que teríamos tido tantas revoluções? Nunca saberemos, mas onde ele passou trouxe progresso, artes fora outras tantas benfeitorias realizadas num espaço de tempo tão curto, se falássemos hoje iríamos dizer que ele era o “cara”.



Ao invés de Nassau, se outro tivesse sido o comandante da investida “empresarial” dos Países Baixos ao Nordeste brasileiro? Será que teria sido Recife a capital? Onde estaríamos hoje? São respostas que nunca teremos, mas não podemos, nunca, deixar de registrar todo o legado que o general, comandante, administrador e acima de tudo um pacificador, um homem a frente do seu tempo, João Maurício de Nassau Siegen, nos deixou de herança. Um homem que em pleno século XVII, já pregava a tolerância religiosa, mesmo sendo uma estratégia, onde trouxe a urbanização a um centro minúsculo em termos físicos, como o Recife e acima de tudo soube conduzir um povo com rixas religiosas, culturais, preconceituosas.



Não sou o dono da verdade, muito longe disso, mas para mim o Recife deve o que é hoje a Maurício de Nassau.



É óbvio que cabe aqui um estudo mais aprofundado, um debate que acho que deveria ocorrer e na verdade nunca saiu do papel, se é que chegou até ele, mas a contribuição é inegável, pelo menos no que concerne ao Recife, aonde o Príncipe chegou e como dizemos: “foi amor a primeira vista” e que vista!