domingo, 14 de fevereiro de 2010

Obtenção do Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo

Segue abaixo o documento onde é concedido o Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo a João de Mello Azedo, gentilmente disponibilizado por Rafael de Paula, descendente dos Cabral de Vasconcellos.


ACM



sábado, 13 de fevereiro de 2010

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano

Com muita satisfação que fui no sábado dia 23.01.2010, ao Instituto e o encontrei com uma intensa movimentação, antes um local onde alguns iam pesquisar e agora um local com vivacidade, própria de que uma instituição desta natureza deva ter.


Nosso amigo e primo Reinaldo, não estava, mas a presença de vários outros impulsionavam, oxigenavam e deixa o ar, antes melancólico, agora vibrante.


O novo presidente, George Cabral, presente e outros sócios como Mota, o Professor Nilzardo, Dr. Paulo Maranhão.


Escrevi no artigo anterior a importância de Instituições mais atuantes e presentes, não se isolando, mas sim participando da vida social na qual está inserida, divulgando e principalmente disponibilizando os trabalhos ali existentes.


Alguns ainda pensam serem “donos” das instituições e conseqüentemente de suas obras, esqueça, isso é público, ali estão o legado de vários anos de dedicação e pesquisa de vários autores, uns renomados, outros anônimos, mas enfim é público e como tal deve estar sempre de portar abertas.


Não sei se estou me expressando bem, mas na verdade alguns se apropriam de obras e as renegam ao esquecimento, não deixando assim que outros tenham acesso.

Poderia enumerar vários exemplos de pessoas, algumas nem autoras eram, mas que se apropriaram de um legado deixado por seus parentes, mas isso iria gerar uma verdadeira querela familiar.


Posso ser questionado sobre o caráter público do Instituto, mas estou falando das obras e da responsabilidade do Instituto na divulgação e promoção do que ali existe.


Acho que se deu início a um novo processo e com ajuda das tecnologias atuais no que concerne à preservação e recuperação de documentos, podemos avançar de tal maneira sem precedentes.


Documentos estão sendo digitalizados e disponibilizados e com isso entramos noutra situação, por que não fazê-lo em todas as outras instituições que se vinculam de maneira direta ou indireta? Como um amigo e primo João Felipe, disse: “Os cartórios também deveriam criar um banco de dados nacional”, exatamente! Existem várias organizações que estão entrelaçadas, sem se quer saber disso.


É um projeto mais amplo, mas irreversível, se não fizerem agora estaremos perdendo uma oportunidade de resgatar, literalmente, nosso passado, não o passado contado, mas o documentado e comprobatório.


Não percamos! E que as autoridades possam se sensibilizar (difícil) e procurar ajudar, abrindo também suas portas à população e disponibilizando órgãos “fechados” ao acesso de todos.


Quem dera...


ACM

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quatro gerações

1. Francisco Antônio Cabral de Mello Azedo




    2. João Cabral de Mello

 



 
        3. Luiz Antônio Cabral de Mello


           

4. Virgínio Marques Cabral de Mello


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Colonização: Holandeses x Nassau x Portugueses

Qual seria a situação do Nordeste brasileiro, mais especificamente de Pernambuco, se não houvesse ocorrido à expulsão (compra) dos holandeses?




Não podemos imaginar o Recife hoje sem a contribuição dos batavos na sua formação. O Recife, chamado pejorativamente de o “povo” era simplesmente um porto, muito mal visto pela nobreza da terra, que tinha Olinda como sede da Capitania. Tudo era emanado de lá.



É inegável a prosperidade oriunda do período Nassoviano e mesmo depois gerando assim diversas brigas entre as duas cidades, ou melhor, entre a cidade e o seu oitão.



Não fosse a contribuição de Nassau, não sei qual seria a situação do Recife hoje.



Vieram cientistas, pintores, engenheiros, entre outros. E Olinda? Ela hoje não passa de uma cidade dormitório e o Recife se tornou o grande centro.



Mas vamos buscar lá trás algumas ponderações:



O Recife cresceu e foi colonizada como cidade graças à visão revolucionária do Príncipe de Orange e que colonização! Então pouco tempo, Nassau promoveu uma verdadeira revolução, no sentido progressista da palavra e sem o mesmo, a presença batava não teria sido muito diferente da dos portugueses, apesar de Pernambuco ter tido muita sorte com os seus comandatários, desde há chegada de Duarte Coelho até a independência do Brasil, pois aqui ocorreram grandes levantes.



A colonização portuguesa, era como dizia um autor que agora não me recordo o nome, “igual a caranguejo”, ou seja, só ficava andando de lado no litoral, e muito poucas vezes procurou desbravar o interior. Não podemos dizer que com os holandeses foi diferente, mas foi fortalecida, com um propósito definido, de fazer ali uma nova cidade, capaz de aceitar as divergências religiosas e conciliar a vaidade da Capital, com o trabalho do porto. Olinda perdeu o bonde da história e os recifenses aproveitaram a situação e os investimentos batavos (judeus) e surgiu fortalecida.



Mas voltemos ao título, será que se Nassau não tivesse dado início ao seu sonho de tornar aqui uma cidade próspera como estaríamos? Será que teríamos tido tantas revoluções? Nunca saberemos, mas onde ele passou trouxe progresso, artes fora outras tantas benfeitorias realizadas num espaço de tempo tão curto, se falássemos hoje iríamos dizer que ele era o “cara”.



Ao invés de Nassau, se outro tivesse sido o comandante da investida “empresarial” dos Países Baixos ao Nordeste brasileiro? Será que teria sido Recife a capital? Onde estaríamos hoje? São respostas que nunca teremos, mas não podemos, nunca, deixar de registrar todo o legado que o general, comandante, administrador e acima de tudo um pacificador, um homem a frente do seu tempo, João Maurício de Nassau Siegen, nos deixou de herança. Um homem que em pleno século XVII, já pregava a tolerância religiosa, mesmo sendo uma estratégia, onde trouxe a urbanização a um centro minúsculo em termos físicos, como o Recife e acima de tudo soube conduzir um povo com rixas religiosas, culturais, preconceituosas.



Não sou o dono da verdade, muito longe disso, mas para mim o Recife deve o que é hoje a Maurício de Nassau.



É óbvio que cabe aqui um estudo mais aprofundado, um debate que acho que deveria ocorrer e na verdade nunca saiu do papel, se é que chegou até ele, mas a contribuição é inegável, pelo menos no que concerne ao Recife, aonde o Príncipe chegou e como dizemos: “foi amor a primeira vista” e que vista!