sábado, 3 de outubro de 2009

Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Deveria ser uma grande satisfação presenciar mais uma Bienal do livro em meu Estado.

O título bem sugestivo: “Literatura do princípio ao fim”.

Do dia 02 ao dia 12 de Outubro de 2009, deveríamos ter uma semana rica em cultura, debates, tendências, enfim tudo que pudesse enriquecer e trazer pontos positivos para que a cada ano pudéssemos avançar e popularizar a leitura, até por que o brasileiro é um dos povos que menos lê e estás iniciativas são sempre importantes, pois os adultos e as crianças aos poucos vão vivenciando este universo fascinante que é a leitura, podendo assim encontrar títulos que normalmente não encontrariam com tanta facilidade.

A programação e os participantes sem comentários, nomes como: Marcos Accioly, Geneton Moraes Neto, que tive a oportunidade de conversar, o cubano Pedro Juan Gutiérrez, enfim seria impossível listar todos os presentes e para não cometer nenhuma injustiça limito aos acima mencionados.

Tinha (mais na frente o leitor entenderá o “tinha”) tudo para ser um grande evento, oficinas, debates, grandes patrocinadores, grandes presenças.

Pensei estarmos alçando Pernambuco ao lugar que realmente deve ter, afinal sempre foi e é um grande celeiro de escritores e poetas e um encontro deste porte só vem enaltecer todo um trabalho que vinha sendo planejado pelos organizadores ao longo de um período.**

Tudo maravilhoso? Não!

Infelizmente o que pude presenciar foi um misto de Mercado de São José e Feira da Sulanca, nada contra os dois locais citados, mas cada macaco em seu galho!

Pensaram em tudo, inclusive na grande gama de comércio.

O que deveria ser apenas um complemento, uma oportunidade do visitador adquirir um livro, uma coleção, ou mesmo presenciar debates enriquecedores, virou uma imensa feira na concepção popular da palavra.

Por sorte foi com meus filhos, pois na verdade o intuito era uma rápida olhada e durante a semana iria com mais calma para puder me deliciar com os lançamentos, com as grandes polêmicas, tudo que merecesse uma visita a uma Bienal Internacional. Mas foi uma grande frustração, pelo menos para mim, pois para os meus filhos foi uma festa, pipocas, algodão doce, livros que nada enriqueciam a literatura infantil, que não nos “ouçam” Monteiro Lobato, ao invés dos personagens da grande obra Sítio do Pica-Pau Amarelo, tínhamos a Turma do Fom-Fom, não é brincadeira, juro. A Turma do Fom-Fom...

Sem comentários.

Espero que possa ir à próxima, pois por esta basta!


**Espero que na próxima possam organizar melhor, podendo explorar cada potencial da maneira correta e acima de tudo dar oportunidades concretas a novos escritores e não fazer de algo tão sério, um simples comércio ou ato político.