sábado, 3 de outubro de 2009

Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Deveria ser uma grande satisfação presenciar mais uma Bienal do livro em meu Estado.

O título bem sugestivo: “Literatura do princípio ao fim”.

Do dia 02 ao dia 12 de Outubro de 2009, deveríamos ter uma semana rica em cultura, debates, tendências, enfim tudo que pudesse enriquecer e trazer pontos positivos para que a cada ano pudéssemos avançar e popularizar a leitura, até por que o brasileiro é um dos povos que menos lê e estás iniciativas são sempre importantes, pois os adultos e as crianças aos poucos vão vivenciando este universo fascinante que é a leitura, podendo assim encontrar títulos que normalmente não encontrariam com tanta facilidade.

A programação e os participantes sem comentários, nomes como: Marcos Accioly, Geneton Moraes Neto, que tive a oportunidade de conversar, o cubano Pedro Juan Gutiérrez, enfim seria impossível listar todos os presentes e para não cometer nenhuma injustiça limito aos acima mencionados.

Tinha (mais na frente o leitor entenderá o “tinha”) tudo para ser um grande evento, oficinas, debates, grandes patrocinadores, grandes presenças.

Pensei estarmos alçando Pernambuco ao lugar que realmente deve ter, afinal sempre foi e é um grande celeiro de escritores e poetas e um encontro deste porte só vem enaltecer todo um trabalho que vinha sendo planejado pelos organizadores ao longo de um período.**

Tudo maravilhoso? Não!

Infelizmente o que pude presenciar foi um misto de Mercado de São José e Feira da Sulanca, nada contra os dois locais citados, mas cada macaco em seu galho!

Pensaram em tudo, inclusive na grande gama de comércio.

O que deveria ser apenas um complemento, uma oportunidade do visitador adquirir um livro, uma coleção, ou mesmo presenciar debates enriquecedores, virou uma imensa feira na concepção popular da palavra.

Por sorte foi com meus filhos, pois na verdade o intuito era uma rápida olhada e durante a semana iria com mais calma para puder me deliciar com os lançamentos, com as grandes polêmicas, tudo que merecesse uma visita a uma Bienal Internacional. Mas foi uma grande frustração, pelo menos para mim, pois para os meus filhos foi uma festa, pipocas, algodão doce, livros que nada enriqueciam a literatura infantil, que não nos “ouçam” Monteiro Lobato, ao invés dos personagens da grande obra Sítio do Pica-Pau Amarelo, tínhamos a Turma do Fom-Fom, não é brincadeira, juro. A Turma do Fom-Fom...

Sem comentários.

Espero que possa ir à próxima, pois por esta basta!


**Espero que na próxima possam organizar melhor, podendo explorar cada potencial da maneira correta e acima de tudo dar oportunidades concretas a novos escritores e não fazer de algo tão sério, um simples comércio ou ato político.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Diogo Soares Cabral de Mello

Aqui segue uma pequena homenagem a Diogo Soares Cabral de Mello, o precursor das pesquisas genealógicas da família Cabral de Mello.

Recebi este texto logo após o falecimento de meu avô materno Virgínio Marques Cabral de Mello.


Descaso





Ao receber um artigo de um primo residente em Natal/RN, me deu, novamente, vontade de escrever e matar um pouco da “inveja” que sinto neste momento de não ter explicitado anteriormente minhas experiências em campo.

Há algum tempo atrás, mas precisamente um ano, estive na casa de amigos em João Pessoa/PB e aproveitei a oportunidade e fui a Cruz do Espírito Santo, município próximo a capital, que fica margeando o rio Paraíba, um local belíssimo, tanto pela beleza natural, quanto pelos aspectos históricos.

Fui com o intuito de achar a Capela do Engenho Puxi de Cima, Capela de São Filipe, buscando assim encontrar algo que me levasse aos meus quinto-avós, João de Mello Azedo e Tereza Jesus Cabral de Vasconcellos.

Quando da chegada, ao longe a beleza natural encanta, a Capela cercada de palmeiras imperiais, traçando um caminho até a entrada principal da Capela. Ao aproximar-se um pouco de decepção, pois hoje ela se encontra em meio ao canavial e quando se ateia o fogo para a queimada da cana, método muito utilizado ainda aqui no nordeste, ela vai queimando junto e com isso a cada safra um pouco de nossa história vai queimando com a colheita...

Por que não preservar a nossa história tentando isolar a área que circunda a Capela?

Aí vem a resposta capitalista: - Vamos perder área de plantio? Parece irônico, mas o que deu origem a estas capelas e engenhos e o mesmo elemento destruidor!

É lastimável, que ao chegar cada vez mais próximo vimos a descaso do Poder Público, onde nossa história é perdida sem o menor constrangimento, logo após a visita passei alguns e-mails para o Patrimônio Público, tanto na esfera estadual, quanto na federal, mas em vão, até a presente data, nada! Puro descaso.

Mas continuemos, quando me deparei com a entrada da Capela, sentir uma sensação que era um misto de satisfação, felicidade, emoções e expectativas de puder encontrar algo, alguma informação que pudesse identificar os antigos proprietários que deu origem a minha família materna, aquela expectativa comparada com a de uma criança na ânsia de receber um presente ou uma festa surpresa. Mas como dito anteriormente o descaso não deixou quase nada em pé, nem as lápides pude reconhecer ou mesmo achar, o Altar-Môr, destruído ou furtado, com as devidas imagens que deveria ter, pensei ainda em trazer um pedaço desta história comigo, mas parece irônico, se eu pegasse algo era capaz de ser preso pelo Patrimônio Histórico, por roubar ou descaracterizar o BEM TOMBADO, da vontade de rir, mas é a verdade, na hora de punir aparece logo de várias partes, mas em preservar...

Quem sabe um dia possa narrar aqui uma história um pouco diferente, quem me dera.

sábado, 12 de setembro de 2009

Baluartes Pernambucanos

O título pode deixar um pouco vago ao leitor, afinal, poderia estar falando de alguma personalidade, mas irei comentar a cerca de duas grandes Instituições Pernambucanas que deveriam preservar estás personalidades: o Arquivo Público e o Instituto Histórico.

É lamentável a atual situação destes dois baluartes da cultura e divulgação da história pernambucana.

Um totalmente esquecido e renegado aos poucos que ainda se aventuram a tentar realizar suas pesquisas, isso quando o mesmo encontra-se aberto, o outro com um acervo riquíssimo, não tão abandonado quanto o anterior, em face de alguns abnegados que lutam para mantê-lo com dignidade.

A função profícua do Arquivo é de gerador de informação, publicidade das obras, que tão bem o fez na época do governo do saudoso Barbosa Lima Sobrinho (1948-1951), além disponibilizar os periódicos aos que necessitam destas informações e acima de tudo realizar seu papel social de externar ao público em geral o seu acervo.

Já o Instituto, local de intelectuais, defensores do nosso patrimônio, que às vezes alguns vereadores brigam em mudar nomes de ruas para simplesmente homenagear este ou aquele novo “cidadão”, mas lá está o Instituto, imponente lutando para manutenção de nossas tradições. Quero deixar claro que não sou contra a renovação, mas do que será da renovação se não existir a tradição?

O acervo do Instituto é imensurável. Catalogado? Não!

Que os políticos locais, com seus títulos, não nobiliárquicos, possam olhar para este passado, do qual fazem parte suas vidas!

Do que dizer Roberto Magalhães, se daqui a alguns anos nossos filhos não souberem quem foi Agamenon Magalhães?

Joaquim Francisco, quando perguntarem quem foi José Francisco Cavalcanti? Com I ou E? Tanto faz!

Do Eduardo Campos, quando o grande Miguel Arraes for lembrado apenas pelo novo nome da Avenida Norte?

Marco Maciel? Foi vice presidente da República? Não sabia.

E Ariano? Ha aquele grande pernambucano* torcedor fanático do Sport.

Não deixemos que isso ocorrá meus amigos!

Possamos mobilizar o movimento do MSC – “Movimento dos Sem Cultura”, estão nos tirando o pouco que temos, a felicidade e honra de sermos Pernambucanos, com P maiúsculo.

Pernambucanos, como Manuel Bandeira, quem me dera ir à Pasárgada!
Mauro Motta, João Cabral, Gilberto Freyre, Agamenon Magalhães, Marcos Freire, Paulo Freire, enfim todos os grandes pernambucanos que estão a caminho do “esquecimento”.

Este texto é mais um desabafo por estarmos em tal situação.
Perdoe-me!

A História se faz com documentos.
Os documentos são provas que foram deixadas
pelos pensamentos e atos dos homens de outros tempos.
Entre os pensamentos e atos, muito poucos são os que deixam provas visíveis;
e estas provas, quando existem, são raramente duradouras,
bastando qualquer acidente para apagá-las.
Agora, todo pensamento e todo ato que não tenha deixado
provas diretas ou indiretas, ou cujas provas visíveis tenham desaparecido,
se tornam perdidos para a História:
são como se nunca houvessem existido.
Por falta de documentos, a História de imensos períodos
do passado da humanidade não poderá jamais ser conhecida.
Porque nada substitui os documentos:
onde eles não existem, não há História.
(autor desconhecido)

Texto retirado do artigo da Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco.



* Aos desavisados Ariano Suassuna é paraibano, nascendo inclusive no Palácio do Governo, quando seu pai exercia o cargo de Governador da Paraíba.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Relação dos Priores da Ordem Terceira do Carmo do Recife/PE

Do ano de 1695 a 2004

1695 a 1697 - Ir. Pedro Moreira de Mello (1º Prior)
1697 e 1698 - Ir. Pedro Correia Rabello (2º Prior)
1698 e 1699 - Ir. João Ferreira da Rosa (3º Prior)
1699 e 1700 - Ir. Francisco A. Mendonça (4º Prior)
1700 a Ir. Manuel Ferreira Costa (5º Prior)
1703 a Ir. Ir. Manoel de Souza Passos (6º Prior)
1705 a Ir. Manuel Ferreira Costa (7º Prior)
1706 a Ir. Ir. Antônio Nogueira Figueiredo (8º Prior)
1708 a Ir. Manoel Ferreira Costa (9º Prior)
1709 a Ir. Manoel Fonseca (10º Prior)
1710 a Ir. Athanazio de Castro (11º Prior)
1711 a Ir. Pedro Francisco Fonseca Rego (12º Prior)
1713 a Ir. Christovão de Barros (13º Prior)
1714 a Ir. Antônio Nogueira Figueiredo (14º Prior)
1716 a Ir. Antônio Rocha Dantas (15º Prior)
1717 a Ir. Antônio Alves Castro (16º Prior)
1718 a Ir. Antônio Rocha Dantas (17º Prior)
1719 a Ir. Balthazar Gonçalves Ramos (18º Prior)
1723 a Ir. João Silveira (19º Prior)
1725 a Ir. Balthazar Gonçalves Ramos (20º Prior)
1727 a Ir. Roque Antunes Correia (21º Prior)
1728 a Ir. João de Oliveira Gondim (22º Prior)
1729 a Ir. Agostinho Ferreira da Costa (23º Prior)
1730 a Ir. Antônio de Souza Magalhães (24º Prior)
1731 a Ir. José Freitas Laconto (25º Prior)
1734 a Ir. João Silveira (26º Prior)
1735 a Ir. Francisco Gomes Fonseca (27º Prior)
1736 a Ir. José Freitas Laconto (28º Prior)
1737 a Ir. João de Oliveira Gouveia (29º Prior)
1738 a Ir. Luiz Costa Monteiro (30º Prior)
1739 a Ir. Antônio Araújo Lopes (31º Prior)
1740 a Ir. Braz Costa Preto (32º Prior)
1741 a Ir. Manoel Carneiro Leão (33º Prior)
1742 a Ir. José Freitas Laconto (34º Prior)
1743 a Ir. Manoel Abreu Lima (35º Prior)
1744 a Ir. João Silveira (36º Prior)
1745 a Ir. Roque Antunes Correia (37º Prior)
1749 a Ir. Jeronymo Mendes da Paz (38º Prior)
1750 a Ir. Henrique Martins (39º Prior)
1752 a Ir. Luiz da Costa Monteiro (40º Prior)
1753 a Ir. Sebastião Antunes Araújo (41º Prior)
1754 a Ir. José de Sá Rosa (42º Prior)
1755 a Ir. Manoel Afonso Regueira (43º Prior)
1756 a Ir. Antônio da Silva Gama (44º Prior)
1757 a Ir. Manoel Almeida Ferreira (45º Prior)
1758 a Ir. Manoel Gomes Santos (46º Prior)
1759 a Ir. João Abreu Cordeiro (47º Prior)
1760 a Ir. José Antônio Pereira (48º Prior)
1763 a Ir. Manoel Lopes Santiago (49º Prior)
1765 a Irs. Antônio Pinto e João Garcia Bello (50º Prior)
1767 a Ir. Luiz Garcia Bello do Amaral (51º Prior)
1769 a Irs. José Antônio Silva e Henrique Martins (52º Prior)
1772 a Irs. Manoel Antônio Duarte e Caetano Ferreira Carvalho (53º Prior)
1774 a Irs. Francisco Xavier Cezar e Antônio Pereira de Sá (54º Prior)
1775 a Irs. Amaro Soares Mariz e P. Tavares da Fonseca (55º Prior)
1778 a Irs. Affonso Rigueira e Ignácio Joaquim Costa (56º Prior)
1780 a Irs. Luiz Pereira Brandão e Ignácio Faria de Andrade (57º Prior)
1782 a Irs. Manoel F. dos Santos e Joaquim Fernandes da Silva (58º Prior)
1784 a Irs. Domingos Costa Monteiro e Luiz J. Miranda (59º Prior)
1786 a Irs. Francisco Gomes Dias e José Lopes Rodrigues (60º Prior)
1789 a Irs. Luiz Pereira Brandão e P. Gomes Ferreira (61º Prior)
1792 a Irs. Domingos da rocha Ferreira e Bento Francisco Torres (62º Prior)
1795 a Irs. José Alves da Silva e Ignácio Faria Andrade (63º Prior)
1796 a Irs. Manoel Gomes Braga e Bento Pereira Salgado (64º Prior)
1799 a Irs. Manoel Rodrigues Aguiar e José Costa Torres (65º Prior)
1802 a Irs. Bento Francisco Torres e Antônio José Pereira de Sá (66º Prior)
1804 a Irs. José de Allemão Cysneiro e Luiz Pereira Brandão (67º Prior)
1805 a Irs. Elias Cintra e Joaquim José Ferreira (68º Prior)
1808 a Irs. Alexandre José de Araújo e José F. Carneiro Monteiro (69º Prior)
1810 a Irs. Caetano Francisco Lumachi e Manoel Gomes de Oliveira (70º Prior)
1812 a Ir. Francisco Paula Carvalho (71º Prior)
1813 a Ir. José Cordeiro Muniz Falcão (72º Prior)
1814 a Irs. Jerônymo Antunes torres e Manoel de Jesus (73º Prior)
1816 a Irs. José Fernandes Portugal e Francisco José Pinto (74º Prior)
1818 a Ir. Manoel Miranda Santiago (75º Prior)
1819 a Irs. José Francisco Mindello e Antônio Gomes Quintella (76º Prior)
1821 a Ir. Manoel Teixeira Abreu Peixoto (77º Prior)
1822 a Ir. João Coelho Carvalho (78º Prior)
1823 a Ir. Antônio José Ferreira Sarmento (79º Prior)
1824 a Irs. João Maria Seve e Ignácio Correia de Mello (80º Prior)
1826 a Ir. Joaquim Almeida Catanho (81º Prior)
1827 a Ir. Joaquim Machado dias (82º Prior)
1828 a Ir. Côn. Joaquim Antônio Gonçalves Lessa (83º Prior)
1829 a Ir. Manoel Gregório da Silva (84º Prior)
1830 a Ir. Antônio Machado Dias (85º Prior)
1832 a Ir. Joaquim José Fernandes Albuquerque (86º Prior)
1833 a Ir. Joaquim Ignácio correia de Brito (87º Prior)
1835 a Ir. João Nepomuceno da Costa e Monteiro (88º Prior)
1836 a Ir. João Marques Coelho de Carvalho (89º Prior)
1837 a Ir. João Francisco Régis (90º Prior)
1838 a Ir. Francisco Baptista Almeida (91º Prior)
1839 a Ir. João Rufino da Silva Ramos (92º Prior)
1840 a Ir. Guilherme Patrício Bezerra Cavalcanti (93º Prior)
1841 a Ir. Antônio José Rodrigues de Souza (94º Prior)
1842 a Ir. Manoel Antônio Jesus (95º Prior)
1843 a Ir. Cláudio Dubeux (96º Prior)
1844 a Ir. Gabriel Antônio (97º Prior)
1850 a Ir. Joaquim José de Miranda (98º Prior)
1852 a Ir. Manoel Antônio coelho de Oliveira (99º Prior)
1853 a Ir. Francisco Costa Lima (100º Prior)
1856 a Ir. João Santa Rosa Muniz (101º Prior)
1857 a Ir. José da Silva Saraiva (102º Prior)
1858 a Ir. Marcelino Antônio Pereira (103º Prior)
1859 a Ir. Félix Francisco de Souza Marques (104º Prior)
1860 a Ir. Francisco Quintino Rodrigues Esteves (105º Prior)
1861 a Ir. Pedro Alexandrino Rodrigues Lins (106º Prior)
1863 a Ir. José Joaquim de Lima Beirão (107º Prior)
1865 a Ir. José Jeronymo de S. Limoeiro (108º Prior)
1866 a Ir. José Joaquim da Cunha (109º Prior)
1867 a Ir. Pe. João José Costa Ribeiro (110º Prior)
1868 a Ir. Francisco José Passos Guimarães (111º Prior)
1869 a Ir. Domingos José Ferreira (112º Prior)
1870 a Ir. Jeronymo Emiliano de Miranda Castro (113º Prior)
1871 a Ir. Manoel Antônio Veigas Júnior (114º Prior)
1872 a Ir. Libânio Candido Ribeiro (115º Prior)
1875 a Ir. Comendador Albino José da Silva (116º Prior)
1876 a Ir. Modesto do Rego Baptista (117º Prior)
1877 a Ir. Manoel Gonçalves Agra (118º Prior)
1879 a Ir. Lourenço Ribeiro da C. Oliveira (119º Prior)
1880 a Ir. Francisco Xavier Ferreira (120º Prior)
1881 a Ir. Joaquim Innocêncio Gomes (121º Prior)
1882 a Ir. Jeronymo costa Lima (122º Prior)
1883 a Ir. José Elias de Oliveira (123º Prior)
1884 a Ir. Francisco Augusto Fonseca e Silva (124º Prior)
1886 a Ir. Bento Manoel Castro Amaral (125º Prior)
1887 a Ir. Antônio José de Souza e Silva (126º Prior)
1888 a Ir. André Maria Pinheiro (127º Prior)
1889 a Ir. José Castor de Araújo Souza (128º Prior)
1890 a Não havendo consenso quanto ao nome de um Irmão para exercer a função
de Prior, foi proposto e aceito que uma comissão dirigisse a ordem até 1894.
Esta comissão assumiu a vaga do que seria o 129º Prior.
1894 a Ir. Manoel Gonçalves Agra (130º Prior)
1895 a Ir. Graciliano O. Cruz Martins (131º Prior)
1896 a Ir. Pedro Francisco Santos (132º Prior)
1897 a Ir. Manoel Francisco Cardoso Guimarães (133º Prior)
1898 a Ir. Rufino S. Gajo Miranda (134º Prior)
1899 a Ir. Carlos Gonçalves da Costa Maia (135º Prior)
1900 a Ir. João Rufino da Fonseca (136º Prior)
1901 a Ir. Antônio João de Amorim Júnior (137º Prior)
1902 a Ir. Augusto Silva (138º Prior)
1904 a Ir. Martiniano José de Campos (139º Prior)
1905 a Ir. Antônio João de Amorim Júnior (140º Prior)
1907 a Ir. José Francisco Dias Loureiro (141º Prior)
1908 a Ir. Augusto Silva (142º Prior)
1909 a Ir. Antônio Ambrósio de Vasconcellos (143º Prior)
1910 a Ir. Carlos Gonçalves da Costa Maia (144º Prior)
1911 a Ir. Carlos Rabello (145º Prior)
1912 a Ir. Antônio Ambrósio de Vasconcellos (146º Prior)
1913 a Ir. Alfredo dos Santos Maia (147º Prior)
1914 a Ir. Sérgio Gonçalves da Costa Maia (148º Prior)
1915 a Ir. José Pessoa de Queiroz (149º Prior)
1916 a Ir. João Espíndola Pessoa (150º Prior)
1917 a Ir. Sebastião Muniz do Amaral (151º Prior)
1918 a Ir. Bruno Velloso da Silveira (152º Prior)
1919 a Ir. Sérgio Gonçalves da Costa Maia (153º Prior)
1920 a Ir. Anízio Moreira de Andrade (154º Prior)
1921 a Ir. Achiles Charles Emile Schuler (155º Prior)
1922 a Ir. Bernardino de Oliveira Maia (156º Prior)
1925 a Ir. Raul Neves Baptista (157º Prior)
1930 a Ir. Sérgio Gonçalves da costa Maia (158º Prior)
1931 a Ir. Eurico Soares de Amorim (159º Prior)
1932 a Ir. Raul Neves Baptista (160º Prior)
1935 a Ir. Francisco dos Santos Moreira (161º Prior)
1935 a Ir. Raul Neves Baptista (162º Prior)
1937 a Ir. Raphael de Azevedo Magalhães (163º Prior)
1938 a Ir. Romualdo Domingues da Silva (164º Prior)
1939 a Ir. Raul Neves Baptista (165º Prior)
1941 a Ir. Arlindo Fragoso da Silva (166º Prior)
1942 a Ir. Raul Neves Baptista (167º Prior)
1944 a Ir. Romualdo Domingues da Silva (168º Prior)
1945 a Ir. Henrique Fábio de Barros Almeida (169º Prior)
1948 a Ir. Christovão Brekenfeld Vieira da Silva (170º Prior)
1949 a Ir. José Rafael de Azevedo Magalhães (171º Prior)
1950 a Ir. Romualdo Domingues da Silva (172º Prior)
1964 a Ir. Miguel Costa Martins de Medeiros (173º Prior)
1967 a 1970 - Ir. João Didier (174º Prior)
1970 a 1973 - Ir. Manoel Erasmo da Fonseca (175º Prior)
1973 a 1973 - Ir. Miguel Costa Martins de Medeiros (176º Prior)
1976 e 1977 - Ir. Cleodon Urbano da Silva (177º Prior)
1977 a 1979 - Ir. Isnard Sebastião Gambôa Seixas (178º Prior)
1979 a 1991 - Ir. Carmelo Viana Lavra (179º Prior)
1991 a 2000 - Ir. Manoel Alves Maia Neto (180 º Prior)
2000 e 2001 - Ir. Wilson Fernando Pereira da Silva (181º Prior)
2001 a 2003 - Ir. Cláudio Antônio Delgado Borba (182º Prior)
2003 a 2004? Ir. Reildo Augusto do Nascimento (183º Prior)
2004 a ...? Ir. Alfredo Dornellas Câmara (184º Prior).

Com a colaboração para fornecimento das informações do amigo e ex prior Dom Wilson Fernando Pereira da Silva.

Testamento de André Vidal de Negreiros

Após as fórmulas cartoriais e religiosas de praxe: data a 14 de maio
de 1678

Declaro que sou natural da Cidade da Paraíba, filho de
legítimo matrimônio de Francisco Vidal, natural da Cidade de Lisboa,
e de Catarina Ferreira, natural de Porto Santos, os quais são
falecidos da vida presente, e que sou solteiro, e nunca fui casado e
nem fiz promessas de o ser.
Declaro que não tenho herdeiro nenhum forçado que haja de
herdar minha fazenda; pelo que instituo por minha herdeira universas
a minha alma, de todos os meus bens que se acharem me pertençam
líquido monte, cumprindo-se me tudo as dotações que tenho feito à
minha Capela, invocação de N.S. do Desterro, sita nos meus Currais, à
qual doei e dotei os bens nela declarados; e dos que se acharem fora
das ditas doações, meus Testamenteiros disporão delas na forma que em
meu Testamento ordeno; porque minha última vontade é que inteiramente
se guarde as ditas doações e instituição da Capela; e se necessário é
para sua validade por esta minha última vontade, confirmo tudo que
nas ditas escrituras tenho posto, e no mais que parecer melhor a meus
Testamenteiros que abaixo nomeio, os quais me farão os mais sufrágios
que aqui nomear.
Declaro que instituo por meus Testamenteiros os Revs. Padres
Manuel Vidal de Negreiros e Antonio de Souza Ferraz, Sacerdotes do
hábito de S.Pedro, e em sua ausência ao Procurador da S.Casa de
Lisboa, a quem peço e rogo pelo amor de Deus queiram aceitar serem
meus Testamenteiros, aos quais e a cada in solidum dou todo poder que
em direito posso e for necessário, para dar dos meus bens, tomarem e
acudirem o que necessário for para o meu enterramento e cumprimento
dos meus legados e paga das minhas dívidas.
Declaro que tenho cinco engenhos, quatro d'água com todas as
terras, partidos, pastos, lenhas, escravos, cobres, bois e tudo o
mais necessário; dois na Capitania da Paraíba, da invocação S.João
Batista e Engenho Novo de S.Antonio; e assim mais outro Engenho Novo
de S.Antonio em Goiana e o Engenho S.Francisco na Várzea de
Capibaribe de Pernambuco, e assim mais um Molinote na ribeira de
Goiana, invocação de N.S. da Conceição, que tenho arrendado ao
sargento-maior Francisco Camelo Valcassar, por cada ano quatrocentos
mil réis, pagos em açúcar posto no Recife e como valer na praça.
Declaro mais que tenho vinte Currais de gado vacum com os
escravos necessários nestas terras em que se podem pôr mais Currais,
os quais comprei a Manuel Correia Pestana e ao Dr.Simão de Lapenha,
como consta das escrituras e títulos; assim mais tenho as terras de
Caricé que comprei aos Araújos, onde tenho eu mais Currais com
escravos e bois necessários para serrarem caixões e lavrarem
mantimentos para maneio dos Engenhos; assim mais tenho uma sorte de
terras na ilha de Teriri em que tenho uma rede com um mulato e quatro
ou cinco peças de escravos.
Declaro que, além destes Currais, deixei mais um junto à
Ermida de Nossa Senhora, que lhe dei quando levantei a dita Capela,
para a fábrica da dita Igreja.
Declaro que tenho comprado na ribeira de Mamanguape uma sorte
de terras ao Capitão Duarte Gomes da Silveira, em que tenho uma
serraria com escravos e bois.
Declaro que tenho uns chãos no Recife, da banda do mar, junto
às casas de Antônio Ferreira Rabelo, que comprei ao Capitão André
Gomes Pena e a seu irmão o Cheira-dinheiro, por alcunha; e assim mais
uma sorte de terras na praia da Barreta que houve de João de Mendonça
Furtado; assim mais três braças de terra que comprei ao alferes
Francisco Fernandes Beija e a sua cunhada.
Junto às terras dos meus Currais comprei uma sorte de terras
a Álvaro Teixeira de Mesquita, o Moçambique, junto ao seu açude, em
que está um curral de gado com seus escravos, que dei ao Padre Manuel
Vidal de Negreiros, para seu patrimônio.
Tenho mais uma data de terras de dez léguas em quadro na
Paraíba, dada pelo Conde de Atouguia, e outras datas mais, que partem
com elas, que me deu o Capitão-mor que foi da Capitania da Paraíba,
Luiz Nunes de Carvalho.
Também tenho para a parte da Paraíba uma sorte de terras em
Jurupiranga para gado que comprei com o Engenho Novo de Santo Antônio
de Goiana, que pertence à Capela.
Declaro que tenho na Cidade da Paraíba umas casas de sobrado
e uns chãos juntos delas, e uma pedreira com um forno de cal com toda
terra que vai correndo até o rio Paraíba.
Declaro que destes bens que possuo tenho dado e vinculado à
instituição da Capela de N.S . do Desterro dos meus Currais, onde me
hei de recolher com alguns Sacerdotes, o Engenho Novo de S.Antônio de
Goiana, com todas as suas terras, parte dos cobres, bois e peças de
escravos, e tudo o mais pertencente ao dito Engenho; e assim mais
terras do Caricé que comprei aos Araújos, onde tenho uma serraria e
lavouras de roças com todas as peças d'escravos, bois e carros; e
assim mais lhe doei os vinte Currais de gado vacum que nos limites de
Terra Nova e Tirite na Capitania de Itamaracá e rio da Paraíba, com
todos os escravos e terras em que se podem pôr mais Currais, como
tudo se acha nas escrituras.
Declaro que também tenho dado e doado à dita Capela o Engenho
S.João, sito na Capitania da Paraíba, com todas as terras, partidos,
cobres, escravos e bois, e tudo o mais pertencente a ele; e assim
mais as terras de Mamamanguape que comprei retro aberto ao Capitão
Duarte Gomes da Silveira, onde tenho uma serraria com peças e bois
para maneio dos ditos Engenhos doados à Capela.
Declaro que tenho dado à minha afilhada D.Catarina Vidal de
Negreiros o Engenho de S.Francisco, sito nesta Várzea de Capibaribe
com todas as terras e partidos, cobres, bois e peças; e tudo o mais
pertencente a ele; como também as terras que comprei ao Capitão
Antônio Cavalcanti de Albuquerque, junto ao açude de Álvaro Teixeira;
o que tudo lhe dou pelo amor de Deus, para bem de seu casamento,
assim por ser minha afilhada de batismo, como pela ter criado; com as
condições e cláusulas na escritura que lhe fiz da doação do dito
Engenho de São Francisco.
Declaro que, do dito Engenho, deixei que de seus reditos se
dessem dois mil cruzados ao alferes Francisco de Freitas Vidal, pelo
amor de Deus, os quais se lhe darão ainda que D.Catarina Vidal de
Negreiros não case e nem seja Freira, de qualquer sorte ordeno aos
meus Testamenteiros lhe dêem dois mil cruzados dos rendimentos do
dito Engenho de S.Francisco; e no caso de que a dita D.Catarina não
tome estado, porque tomando-o ela, ou seu marido lhe satisfarão a
duzentos mil réis em cada ano, em açúcar e como valer nesta praça do
Recife.
Deixo duzentos mil réis em cada ano a Matias Vidal de
Negreiros, enquanto for vivo, os quais lhe deixo pelo amor de Deus, e
por se achar criado em minha casa; os quais duzentos mil réis pagarão
meus Testamenteiros do rendimento do dito Molinote N.S. da Conceição.
Deixo e ordeno ao Padre Manuel Vidal de Negreiros, como meu
Testamenteiro, pelo trabalho que há de ter nas disposições dos meus
legados, que tome para si duzentos mil réis em cada ano, enquanto ele
viver, do rendimento do dito Molinote da invocação de N.S. da
Conceição, os quais duzentos mil réis, além do seu trabalho, deixo
pelo amor de Deus, pelo haver criado em minha casa; e por sua morte e
de Matias Vidal de Negreiros, passará o dito Molinote à Capela que
tenho instituído de N.S. do Desterro dos meus Currais, para o
administrador da mesma Capela repartir o rendimento dele, na forma em
que ordeno na escritura da instituição respectiva.
Declaro que, sendo o caso que Deus faça de mim alguma coisa
antes da minha afilhada D.Catarina Vidal de Negreiros tomar estado,
ordeno que meus Testamenteiros lhe dêem todo o necessário dos
rendimentos do Engenho S.Francisco, para seu sustento e vestir, até o
tomar, com toda a largueza; e se Deus a tomar para si antes de o
fazer, meus Testamenteiros lhe farão bem por sua alma, e darão a sua
mãe Isabel Rodrigues, quatro peças de escravos pelo amor de Deus e
pelos bons serviços que tenho recebido dela, além do negro Rodrigo
Sapateiro, que lhe dei quando casou.
Declaro que Fr.Francisco Vidal ou da Madalena, Religioso
Carmelitano, que serviu de Prior no Convento do Carmo da Vila de
Olinda, e agora está servindo de Provincial de sua Religião, é filho
de Inês Barroso, pessoa que era naquele tempo casado com Gaspar
Nunes, e quando nasceu era ainda vivo o dito Gaspar Nunes; e viveu
ainda depois muitos anos, como consta das provações que da Majestade
lhe mandasse tirar quando lhe fez mercê do hábito de Cristo, dizendo
na Provisão que supria nos impedimentos dele Fr.Francisco Vidal, ser
filho de mulher casada, como consta também por um sumário de
testemunhas que a meu requerimento se tiraram ad perpetuam rei
memoriam. Os meus Testamenteiros darão clareza de tudo, e suposto que
se dizia que ele era meu filho, nunca o tive por esse; e se que fora,
nunca podia ele nem a Ordem herdar de mim, assim por ser filho
adulterino, como porque quando ele nasceu, era eu Capitão de
Infantaria na cidade da Bahia, e havia sido Alferes e Ajudante da
mesma Infantaria muitos anos; além de eu ser nobre e viver sempre na
Lei da nobreza; mas por se haver criado em minha casa o dito Padre
Fr.Francisco ordeno a meus Testamenteiros lhe dêem cem mil réis todos
os anos enquanto ele for vivo somente; os quais lhe pagarão do
rendimento do Engenho Novo de S.Antônio da Paraíba, que comprei ao
Capitão Duarte Gomes da Silveira.
Deixo ao meu sobrinho Antônio Curado Vidal, as Comendas que
S.Majestade me tem dado, assim a de S.Pedro do Sul em que estou
encartado, como as demais que tem feito mercê e promessa; e assim
mais meus serviços, e peço a S.Alteza que, atendendo aos muitos e
bons serviços que tenho feito à Coroa de Portugal, lhe faça todas
estas mercês e o queira honrar com outras muitas mais avantajadas; e
assim lhe deixo mais dois mil cruzados, que lhe pagarão da venda ou
rendimentos do Engenho Novo de S.Antônio da Paraíba, que comprei a
Duarte Gomes da Silveira, em açúcares a duzentos mil réis cada ano, e
como valer na praça do Recife; e lhe deixo mais meu espadim de prata.
Deste modo houve eu por acabado este Testamento, e esta é a
última e verdadeira minha vontade; e revogo e hei por revogados
quaisquer outros Testamentos e Codicílios que antes deste tenha
feito, os quais não quero que tenham força ou vigor, e só este quero
que valha; e peço e rogo às Justiças de S.Alteza, assim eclesiásticas
como seculares, façam cumprir e guardar este meu Testamento, assim e
da maneira que nele se contém, que fiz e assinei com a minha própria
mão, sendo testemunhas as pessoas abaixo nomeadas, e assim em dia e
era acima. André Vidal de Negreiros.
Declaro que tenho mais uma sorte de terras em Goiana, entre o
Engenho do Jacaré e terras de João Pacheco, e que comprei aos
Morenos, que também deixo à Capela. André Vidal de Negreiros.

Maximiano Lopes Machado, História da Província da Paraíba,
v.1, p.313-322

As listas ou grupo de de discussão em genealogia

As listas ou grupos de discussão em genealogia.

Peço inicialmente desculpas aos mentores das listas ou grupos sobre o tema que irei abordar, mas que na verdade ninguém comenta ou simplesmente prefere deixar de lado.

Comecei a fazer parte das listas de discussões há cerca de cinco anos, tudo ainda muito novo e com pouca experiência em genealogia e no que concerne a participação destes grupos pela internet.

Não quero aqui recriminar ou ser o dono da verdade, as listas me ajudaram bastante, principalmente a conhecer pessoas que até hoje fazem parte do meu círculo de amizades ou mesmo de parentesco, mas acredito que o papel destes grupos deveria ir muito além do que eles se propõem.

Presenciamos pessoas com uma imensa vontade de ajudar de discutir (no bom sentido) de trazer temas interessantes e enriquecedores, bem como uma proposta de trabalho mais elaborada e prol de um projeto maior que poderia, quem sabe até realizar um amplo projeto.

Pensemos, como dizia um professor de Faculdade, “Pensar não dói”, que empresa ou mesmo instituição, consegue congregar tantas pessoas de diferentes localidades com o mesmo objetivo? Isso sim é importante, o mesmo objetivo! Nenhuma, podemos dizer que existem várias instituições que poderiam se encaixar neste exemplo, mas e a predisposição? A vontade de participar e buscar sempre algo mais? Que funcionário teria essa vontade ou disponibilidade? Poucos.

Então estes grupos têm um papel importantíssimo, mas não sabe, ou fingi não saber.

Imaginemos um trabalho sobre um tema específico onde poderíamos contar com colaboradores de todas as regiões do Brasil e até do exterior, que belo projeto poderia ser realizado!

Quão rico e robusto poderia ser!

Mas infelizmente somos humanos e como tal temos nossas limitações, entre elas a vaidade pessoal ou mesmo interesses pessoais de pesquisa e autopromoção.


Venho de uma família onde nossa formação foi toda em benefício de alguém, dizia meu avô: “Será que o que você está fazendo ajuda alguém?” e a notoriedade nunca foi objetivo, mas quando o trabalho é realizado com dedicação e com alegria a notoriedade é uma conseqüência, pois certamente logrará êxito.

Pode está parecendo confuso, mas que faz parte ou já fez, sabe o que estou falando. Já me deparei uma vez com uma frase que me espantou, “Este grupo é meu”, meu Deus, desde quando propriedade intelectual tem dono? Se a usamos em benefício de outros ou conjuntamente com outros ela passa a ser nossa, este deveria ser o tempo verbal em genealogia, terceira pessoal do plural!

Gostaria muito que fosse criado um grupo que fossem além da conquistas individuais, é óbvio que elas são de extrema importância e são elas que nos dão o estímulo necessário para nos engajarmos num projeto maior, mas realmente é necessária esta conquista pessoal, individual. Mas que o grupo contemplasse este projeto individual, mas ao mesmo tempo lançasse projetos mais amplos com abrangência coletiva.

Deixo aqui a minha humilde sugestão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Os Ferreira da Silva


Clube Náutico Potengi Aeroporto de Parnamirim/RN


Os Ferreira da Silva é difícil falar de uma família tão extensa e na verdade com inúmeras variantes que às vezes fica difícil, avançar, entenda retroceder, no caminho genealógico.

Minha família Ferreira da Silva, oriunda do meu avô paterno é, até onde sei, toda do Rio Grande do Norte, mas precisamente de São José do Mipibú.

Inclusive há cerca de algum tempo encontrei um amigo no IHGRN e depois através do primo João Felipe, Anderson que me passou algumas informações e me ajudou, mas na verdade tenho muito pouca informação.

Graças a meu avô, Alfredo, o qual devo meu nome, que se preocupou em documentar através de fotografias (inúmeras), anotações, documentos, certidões e até mesmo um diário escrito pelo meu bisavô por volta de 1894, onde o mesmo relata algumas descrições diárias, poesias, queixas, enfim várias e valiosas informações, das quais espero em breve puder transcrevê-las aqui.

Não poderia falar de meu avô, sem falar de minha avó, a querida Ediusa Pereira Pinto, de Angicos/RN, mas peço aos amigos para neste texto tecer comentários apenas acerca de meu avô paterno e posteriormente falarei da mesma.

Fala de Alfredo, para mim é um pouco complicado, ele era uma pessoa querida e ao mesmo tempo mal interpretada. Na vontade de ajudar ou agradar, ele passava um pouco dos limites, gerando assim alguns desconfortos.

Ensinou-me muito como homem ético, íntegro, honesto e outros tantos adjetivos que enaltece seu caráter e sua postura.

Pode parecer que estou fugindo um pouco do assunto de genealogia, mas resgatar e registrar fatos e comentários sobre nossos entes é sim genealogia!

Alfredo Ferreira da Silva Filho nasceu a 23 de Janeiro de 1913 em Natal / RN, filho mais novo do casal Alfredo Ferreira da Silva e Elvira Elisa Ferreira da Silva, todos de São José do Mipibú e faleceu no Recife em 02 de Março de 2003.

Desde cedo buscou reparar a vida humilde procurando dar aos pais uma vida confortável.

Passou no concurso do Banco do Brasil e venho residir no Recife/PE, onde fixou toda sua existência sem nunca esquecer sua terra NATAL, onde sempre manteve todo carinho, bem como sua paixão, AVIÕES, tinha verdadeira adoração pelas aeronaves, deixado inclusive diversas informações, livros, recortes de jornais, entre outros objetos, bem como a foto no início do texto do antigo aeroporto de Natal - Parnamirim/RN.

Na verdade o pouco que sei foi através das informações deixadas por ele, mas ainda são poucas, pois não retrocede a muitas gerações, chegando apenas nas que seguem abaixo:

Alfredo Ferreira da Silva Filho c.c Ediusa Pereira Pinto, filho de
Alfredo Ferreira da Silva c.c Elvira Elisa Ferreira da Silva, filho de
Antônio Bernardo Ferreira da Silva c.c Otília Olímpio Galvão, filho de
Bernardo Ferreira Guedes, este lusitano, mas sem maiores comprobações.

Um fato forte é que os FERREIRA DA SILVA vem a mais de cinco gerações mantendo o sobrenome, o que pode facilitar a obtenção de informações, principalmente por São José do Mipibú, não ser tão populosa.

domingo, 7 de junho de 2009

O Capibaribe

Hoje teria tudo para ser um domingo normal, acordei vi a corrida de Fórmula um e após a mesma fui com meus filhos ao parque da Jaqueira / PE.

Fui ao parque sem qualquer pretensão de pesquisa ou outro interesse, fui me divertir com meus filhos.

Passado algum tempo tive a lembrança de levá-los a ver o Rio Capibaribe, que os letrados queiram me corrigir, mas para mim o Capibaribe é Rio, com R maiúsculo.

Infelizmente o que deveria ser um momento de alegria e contar algumas histórias a respeito do nosso rio mais comentado, foi uma decepção, mas vamos por partes.

Inicialmente ao nos aproximarmos do Rio, um “flanelinha”, para mim apenas um assaltante “aceito” para extorquir dinheiro dos que já pagam por impostos pela utilização das vias públicas, joga algumas garrafas do tipo PET, as que são mais agressivas ao meio ambiente, em frente a alguns policiais que faziam ou não a ronda pela localidade, cheia de dejetos no Capibaribe sem qualquer preocupação ou cerimônia. Para mim um ato de vandalismo, mas para os policiais que ali passavam um ato normal e que deve ocorrer constantemente.

Na verdade não sei se posso culpar os policiais militares pela sua inoperância, pois na verdade pode ser ignorância!

Então se há um desconhecimento da lei ou uma falta de orientação eles não podem ser culpados, mas nós sim podemos ter a cada dia uma cidade que já é a menos segura e deverá em breve ser a mais poluída.

Pegando um gancho na palavra cerimônia, temos, mas um fato lastimável.

Todos acham lindas as cerimônias de casamento e batizados na bela Igreja da Jaqueira, só que estas mesmas pessoas e os organizadores das festas que ali ocorrem muitas vezes só se preocupam com o antes e o durante, nesta mesma visita notei dentro do Rio diversas garrafas de uísque e vinho e ao caminhar pela via, vi diversas garrafas colocadas sem qualquer cuidado nas calçadas.

Quando será que as autoridades começaram a punir este tipo de coisas? Não é mais admissível uma situação como esta, podemos ter mil ONG`s, mas parte da sensibilidade individual onde devemos cuidar e preservar para que possamos manter estás relíquias que já duram sem qualquer ajuda.

Sinceramente não sei aonde chegaremos, sinto como pessoa, como cidadão, como historiador...


ACM

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Forte Orange

Forte Orange

“Dentro da barra da ilha de Itamaracá apresenta-se em primeiro lugar o forte Orange, situado sobre um baixo.
de areia separado de terra firme por uma angra que é vadeável, de baixa mar. Este forte domina a entrada
do porto,visto que como os navios que entram têm que passar por diante dele a tiro de arcabuz...”


Breve discurso de Maurício de Nassau, em 14 de janeiro de 1638.


Continuo com a abordagem das fortificações, explanando agora a respeito do FORTE ORANGE, que iniciamos com este trecho de um discurso do Conde João Maurício de Nassau-Siegen.
O Forte Orange está situado na Ilha de Itamaracá distante do Recife, cerca de 50 km, na antiga capitania de Itamaracá.


Sua construção teve início no ano de 1631, logo no começo da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro. Sua posição foi estrategicamente estudada para sua construção, em face do mesmo ficar voltado para o mar e para o canal que separa a ilha do continente, chamado Canal de Santa Cruz.


Um fato curioso que depois da restauração portuguesa das terras brasileiras, os mesmos, ao que tudo indica não quis reformar a fortificação, e sim construiu outra fortificação, num local muito próximo ao anterior e aproveitando grande parte do que restou da antiga construção. Um ponto que ratifica este ponto é que a entrada que na sua primeira fase era voltada para o canal de Santa Cruz, está entrada foi descoberta há pouco tempo pelos arqueólogos da UFPE, que ainda estão tentando identificar sua antiga posição.


O forte foi projetado pelo Engenheiro Pieter Van Buerin e foi executada inicialmente em taipa de pilão.



Foto 1. Alfredo Cabral de Mello (04/2009).


Para a Escola Holandesa um fator essencial para definição do local de construção da fortaleza era sua relação com as outras unidades do sistema de defesa, ou seja, as outras posições estratégicas que poderiam corroborar fortalecendo assim o sistema de defesa principal, o Forte.


Outro ponto importante e se faz necessário registrar, é que neste período apenas o Nordeste possuía fortaleza importantes, isso devido a piratas ingleses e franceses, fazendo então do Nordeste uma região riquíssima à pesquisa e a história de nosso país, ou mesmo, atrevimento meu, um país chamado Pernambuco!


Visitei o mesmo na semana retrasada e como já fazia algum tempo que não ia por lá, fiquei muito feliz com o que encontrei, pois o mesmo está sendo recuperado e organizado, contando inclusive com um pequeno museu que trás algumas informações. Pode ser melhorado, mas necessita da ajuda de todos para manter nossa história viva, estando ali exposta a todos que queiram pesquisar ou simplesmente admirar.




Foto 2. Cabral de Mello (04/2009).



Dá última vez encontrei um acumulo de areia muito grande e agora já está em outra situação, uma visita que para quem gosta, vale muito a pena.
Não se admirem em encontrar uma igreja, pois como já dito houve alterações quando os portugueses capitularam, estando hoje interditada por conter bastantes informações e por isso não está aberta para visitações.
Dentro os visitados até o momento, achei o mais protegido e imponente, sua arquitetura realmente encanta, podem perguntar arquitetura num forte? Sim, é inacreditável que achemos que este tipo de construção seja feito a revelia, nunca! Sempre bem planejados e com diferentes concepções de acordo com a sua localização, que é muito importante para definição da estrutura há ser projetada.


Peço aos amigos que contribuam com informações, pois cada vez vamos enriquecendo.

Grato,
ACM


Bibliografia:

Joaquim de Arruda Falcão Neto – Brasil Holandês (Imagens do Brasil Holandês 1630-1654, Rio de Janeiro – Maio de 1987);
Evaldo Cabral de Mello – Olinda Restaurada – Guerra e Açúcar no Nordeste, 1630/1654, Rio de Janeiro, Forense, São Paulo, EDUSP - 1975.
Evaldo Cabral de Mello – Rubro Veio – O imaginário da Restauração Pernambucana, 2 edição, Rio de Janeiro – Topbooks, 1997.
Evaldo Cabral de Mello – NASSAU: Governador do Brasil - Holandês, São Paulo, Companhia das Letras, 2006.

domingo, 24 de maio de 2009

Estou devendo...

Caros Amigos,
Bom início de semana!

Como me comprometir com todos, semanalmente irei postar sem falta algo que traga informações e ajude de alguma maneira vcs.
Hoje, como havia prometido, falaria sobre o forte Orange, dentre as fortificações holandezas.
Bem na verdade o texto está pronto, mas ao "cair" na pesquisa pude notar que princincipalmente as fortificações dentro da capitania Duartina, são muitas informações e não dá em hipotése alguma colocar um texto pela metade ou deixando algo de importante de lado. Em face do exposto e do meu comprometimento com nossas pesquisas e querendo sempre enriquecer com novas informações, peços desculpas ao mesmo que deixos todos curiosos para a nova postagem...

Abraços,

Alfredo

sábado, 16 de maio de 2009

Fortificações

Hoje depois de um longo recesso e por “cobrança” do primo e amigo João Felipe Trindade, retorno as minhas crônicas.
Mesmo passando este tempo sem registro, não deixei de prosseguir com minhas pesquisas, mas pude notar que estava tudo muito bagunçado e que necessitava ajustar todas as informações que vinha colhendo e registra-las.
Verifiquei que para mim, fora a genealogia, estava muito forte a questão do Brasil Holandês, diante do exposto estou direcionando minhas pesquisas para duas frentes: “As fortificações durante o período holandês” e “Os engenhos antes da invasão batava”, essa com a influência do amigo Fábio Arruda. E lá fui atrás destas novas investidas e fiz a primeira visita ao Forte das Cinco Pontas, hoje museu da cidade do Recife.
O Forte das Cinco Pontas também chamado pelos holandeses de VIJFHOEK, foi construído em 1630 pelos holandeses, por determinação do então Príncipe de Orange.
A construção da fortaleza não tinha como objetivo profícuo o combate, mas sim, garantir o suprimento d água das cacimbas de Ambrósio Machado, no extremo sul da Ilha de Antônio Vaz, único lugar onde havia água potável no Recife, tendo como função bélica impedir que barcos inimigos penetrassem pelas áreas baixas do Rio Capibaribe, em direção ao sul do Recife, e que o açúcar fosse desviado através de uma passagem nos arrecifes, chamada “Barreta dos Afogados”.
Após capitulação pelos portugueses a fortificação com o apelido “Cinco Pontas”, que era devido à sua forma original, pentagonal, em forma de estrela, continuou a ser chamada após reforma realizada pelos portugueses, quando se transformou numa estrutura de apenas quatro pontas.
O projeto de construção do forte, de acordo com o melhor estilo de edificação holandesa do século XVII, é atribuído ao engenheiro Holandês Tobias Commersteijn, e a direção das obras, a Peter Van Buerer. Em sua primeira feição, suas muralhas eram feitas de terra e não ultrapassavam 12 pés de altura.
Em 1654, as forças brasileiras e portuguesas, comandadas por André Vidal de Negreiros e pelo General Francisco Barreto de Menezes, finalmente derrotaram os holandeses e ocuparam o Forte das Cinco Pontas, tendo a rendição ocorrido na CAMPINA DO TABORDA, porta sul da cidade, nas imediações do Forte.
Em 1677, após a rendição dos holandeses, o forte foi reconstruído em pedra e cal com apenas quatro baluartes. Seu nome foi mudado para Forte de São Tiago, mas o povo, fiel a sua origem, logo o chamou de São Tiago das Cinco Pontas.
A situação atual do forte é de boa conservação e abriga um pequeno museu, que no meu entender poderia ser mais bem planejado trazendo mais informações aos seus visitantes.
O forte tem uma saída de fuga pela lateral dando dentro da maré, daí podemos dizer que a fuga só se daria por ali se houvesse uma invasão terrestre o que seria difícil, pois pelo seu posicionamento a melhor entrada para a invasão seria pela margem do Capibaribe. Outro fato que me chamou atenção foi não ter localizado a Capela, se é que tinha, poderíamos até conjecturar que na fase inicial do forte não houvesse, em virtude da religião batava, mas depois com a tomada pelos portugueses qual seria o motivo para não haver uma capela, mesmo que pequena?
Acredito que ainda tem muito que se desvendar desta edificação, mas por enquanto, vou deixando aberto estes questionamento para que possamos aprofundar este estudo.
Na próxima falarei sobre o Forte Orange.

Grato,
Alfredo