sexta-feira, 6 de agosto de 2010

REALIDADE

Vimos constantemente formações de núcleos de pesquisas sendo criados, ou mesmo lista de discussões na internet. Objetivo? Tentar cada vez mais trazer novas informações, sendo que na maioria das vezes os objetivos são individuais.

Como podemos separar genealogia, história, antropologia social, formação urbana, enfim quase todas as ciências sociais?

Na maioria das vezes para entender um acontecimento é necessário entendermos todo o contexto, época, pessoas envolvidas, como por exemplo, na Nobiliarquia Pernambucana, que hoje não tenho qualquer dúvida que foi tendenciosa.

Passamos por um momento único onde temos o aparato da tecnologia para atingir objetivos nunca antes imaginados.

Um pesquisador do século XIX, só conseguiria informações e na grande maioria fadada ao erro, em visitas de campo ou mesmo através de cartas que levavam dias para chegar.

Sou totalmente a favor da pesquisa em campo, é algo extremamente prazeroso e nos faz ver a realidade in loco, sem qualquer opinião ou interferências de terceiros.

Mas é necessária a união e formação de grupos que juntos possam buscar um objetivo único, que neste caso é a preservação e perpetuação da história, principalmente em nossa região.

Temos exemplos similares no Sul do país onde os mesmos teem logrado êxito e por que aqui no nordeste se quer conseguimos traçar um plano de projeto?

Será que nossos interesses individuais sempre prevalecerão?

Por que uma região, com estados tão ligados, não consegue traçar um projeto a médio e longo prazo no campo da História e Genealogia?

Vivemos de nomes isolados como José Antônio Gonçalves de Melo, Evaldo Cabral de Mello, Gilberto Freyre, Pereira da Costa, Mário Melo. Agora imaginem eles com as condições que temos hoje! Teriam ido muito, mas muito além de qualquer expectativa.

Eles apenas tiveram a perseverança e a obstinação de quererem fazer algo, deixarem um legado e nós só conseguimos olhar para nós mesmos.

Como postei o texto anterior e ninguém se pronunciou, sequer para tentar realizar algum trabalho juntos, olhemos para nós e fitemos, ínfimos os nossos mundos e criemos uma redoma onde giramos, giramos e acabamos no mesmo local.

Talvez um dia apareça mais um iluminado e consiga trilhar novos trabalhos e vença paradigmas.

Quanto a mim, só resta tentar, isoladamente preservar o que concerne a minha família!

ACM

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